quarta-feira, 2 de julho de 2008

RIBEIRA - XXXIII



Em todas as épocas se venerou o sexo.




A prostituição, no mundo, se perde nas eras do tempo. Em Natal, tem que se falar do ano de 1950 em diante, apesar de que já existia a prostituição desde o inicio da fundação da Cidade, em 1599 e bem antes desse tempo. Os donos de terras tinham em suas escravas uma mulher que lhe serviçe para fazer amor em troca de nada ou de apenas simpatia dele. Asim como o dono da escrava, também era o filho do dono e também dos homens livres que cuidavam das escravas e da fazenda. A prostituição chegou aqui com nasceu, muito anos antes, na Grecia, no Egito, em Roma e em outros paises do extremo oriente, como a China, Japão, Camboja. Viet Nam, Laos e tantos outros mais como a India. Prostitura é a mulher que vive em um prostibulo, em um quarto, por assim dizer. Na verdade, essas mulheres que vendem ou vendiam o corpo nem sempre era em troco de dinheiro. Em Natal, nos anos 50, notava-se mulheres que "viviam" com os seus parceiros e mantinham relações sexuais com outros homens, mesmo que o seu parceiro soubesse ou não. Isso era a prostituiçao. A mulher de prostibulo.

A prostituição pode ser definida como a troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais ou afetivo. Apesar de comumente a prostituição consistir numa relação entre sexo e dinheiro, esta nao é uma regra. Pode-se trocar relações sexuais por favorecimento profissional, por bens materiais, por informação. A protituição caracteriza-se também pela venda do corpo. A sensibilidade sobre o que se considera prostituição pode variar dependendo da sociedade, das circunstâncias onde se dá e do nível moral do meio em questão.

Para se falar em Natal, nos anos passados de 1950 e mesmo antes, tinha-se verdadeiros bordeis para abrigar as mulheres de vida livre, como se deu, por exemplo, no bairro da Ribeira onde existiam ali, os tradicionais cabarés da Rua 15 de Novembro, Rua Chile, Rua Almino Afonso. Rua Ferreira Chaves e o tradicional Beco da Quarentena, hoje em escombros. Em tais locais viviama as mulheres e em seus quartos abrigavam por uma hora o seu fregues. O homem de maior poder, frequentava os lupanares que ficavam da Rua Chile, inclusive um que em tempos passados foi a Casa do Governador e outro, no primeiro andar da Tipografia Galhardo. Esses eram os mais notaveis da capital. Para a blebe, podia-se ir para os Coqueiros, no largo do campo de futebol que ficava no bairro onde havia uns quartinhos que abrigavam as prostitutas pobres. Nos finais de semana sempre havia um baile no salão que existia no local.

Quem quisesse ficar mais protegido dos olhares indiscretos, sendo rico, podia procurar um cabaré - na verdade, uma casa fincada no centro de um terreno, na Av. Dois, em frente a Vila dos Sargentos da Policia - ou um outro, que ficava na esquina da Av, Dois com a rua São José, no bairro de Lagoa Seca. Nesse bairro tinha outro cabaré com um salão de danças, em um predio feito para isso, vizinho ao hoje Midd Way. Esse era o cabaré de Francisquinha. Na Cidade Alta, próximo ao predio onde hoje funciona a Cosern, tinha a Pensão de Maria Boa que se tornou conhecida internacionalmente. Maria Boa, cujo nome era Maria Barros, foi uma mulher que chegou a Natal, com seus 20 anos, na época da II Guerra Mundial e, entre olhares e beijos no Salão de Baile do Grande Hotel, teve o impulso de fazer uma casa de "recurso" para as "meninas" que ela conseguia trazer do interior da Paraiba. Maria Barros veio para Natal da cidade de Campina Grande, na Paraíba, e teve a idéia de fazer o seu próprio negócio com as palavras que ouvia dizer de que ela podia conseguir coisa melhor na vida. Ela conseguiu com o seu cabaré, na Cidade. Um outro cabaré importante ficacava na rua Getulio Vargas, em uma casa de esquina, já na descida para a praia do Meio.

Foi assim que se espalhou a prostituição, em Natal, e hoje se tem locais mais traquilos oferecendo refeição de graça no bairro de Mae Luiza, onde homens de negócio passam as manhãs com suas amantes de aluguel. Na antiguidade, em muitas civilizações, a prostituição era praticada por meninas como uma espécie de ritual de iniciação quando atingiam a puberdade. No Egito antigo, na região da Mesopotâmia e na Grecia, via-se que a prática tinha uma ritualização. As prostitutas, consideradas grandes sacerdotisas, (portanto, sagradas), recebiam honras de verdadeiras divindades e presente em troca de favores sexuais.

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