quinta-feira, 28 de maio de 2009

RIBEIRA - 292

REDE MANCHETE
Aconteceu, virou Manchete.
A Rede Manchete (também conhecida como TV Manchete) foi uma rede de televisão brasileira, fundada na cidade do Rio de Janeiro em 5 de junho de 1983 pelo jornalista e empresário ucraniano naturalizado brasileiro Adolpho Bloch que permaneceu no ar até o dia 10 de maio de 1999. A programação da emissora foi marcada por altos e baixos durante a sua existência. A cobertura do carnaval carioca também teve grande destaque na programação da TV Manchete. A emissora mostrava os preparativos da grande festa popular do país com os programetes Feras do Carnaval e Esquetando os Tamborins, exibidos ao longo da programação. A cobertura do "Carnaval da Manchete" começou em 1984, ano de inauguração do Sambódromo carioca. A emissora de Adolfo Bloch conseguiu exclusividade nas transmissões daquele ano após desistência da Rede Globo, ocorrida por questôes de ordem polílitica (desavenças entre Roberto Marinho e Leonel Brizola). No ano seguinte (1985) a Globo voltou a transmitir os desfiles simultaneamente com a Manchete. Em 1988 a Manchete não transmitiu os desfiles por conta de um impasse com os organizadores dos desfiles e em 1999, a falta de recursos a impediu de transmitir o evento.
Outras telenovelas de sucesso produzidas pela Manchete forma Dona Beija (1986), Helena (1987), Corpo Santo (1987), Kananga do Japão (1989), além de sua primeira produção dramatúrgica, a minisérie Marquesa de Santos (1984). Um dos seus mais notáveis sucessos foi a novela Pantanal, exibida em 1990 a 1991. Vieram outros como A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991), Tocáia Grande (1995) e Xica da Silva (1996).
O canal se tornou conhecido também por exibir as diversas séries de tokusatsus e animes., todas de origem do Japão, com grande sucesso, que também foi responsável da introdução das produções japonesas no Brasil, que anos depois outras emissoras de TVs abertas e assinaturas passaram a exibir outros animes.
Outro nome famoso, que ganhou projeção na Manchete foi o do radialista Eloy Decarlo. Conceituado comunicador carioca, se tornou nacionalmente conhecido quando, por todo o tempo de existencia da emissora, foi a "voz-padrão" das chamadas da programação do canal e das vinhetas, principalmente nos comerciais. O jornalismo foi o carro-chefe da emissora. O telejornal Jornal da Manchete, o principal informativo do canal trazia aprofundamento das noticias e comentários de grandes nomes do jornalismo brasileiro, como Carlos Chagas, Villas-Boas Correia, Zevi Ghivelder, e Salomão Schvartzman, entre outros comentaristas como João Saldanha.. Também revelou os apresentadores Mylena Ciribelli, Cláudia Cruz e Alexandre Garcia que posteriormente foram tranferidos para a Rede Globo.
A Rede Manchete viveu dias de glorias e de insucesso ao longo de sua trajetória. Um débito de 200 milhoes de reais para com o INSS e o FGTS, além de falta de pagamento de salarios dos operários, levaram ao fim a emissora. No dia 10 de maio de 1999 era o final da estação. A Rede foi vendida a outros grupos que assumiram o passivo da estação.

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