sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

RIBEIRA - 565

- SONHOS -
CONTO
Gloria estava a sós em seu apartamento naquela tarde de verão. Um forte calor abrazador lhe sufocava todo o seu ser. Tomara ducha e não se contentava. O sol das 3 horas da tarde era mais que um sol queimante. Ela não vislumbrava um pouco de certeza em que César não estivesse no trabalho, porque e, pricipalmente, quando o homem saíra não deixara qualquer confirmação de onde iria naquela tarde. Relutante, ela deixou tudo o que tinha para fazer e preferiu assistir um filme na sua televisão enquanto o calor passava. Olhando a TV, Gloria findou por adormecer. No sonho, ela teve uma quimera como se fosse verdadeira. Gl0ria amava a um rapaz que não sabia qual e estavam em uma cama de casal se enrolando e rolando como dois verdadeiros amantes. Era uma aventura inebriante ondo homem e mulher se enroscavam numa eterna profusão de atormentos. Um amor que aumentava a cada instante em uma ânsia incontida. Algo ternal que não se explicava tão somente. Ela esquecia do tempo pois aquele homem era sem limites e para ela, tornado todo o seu ser. Punhados de tremores faziam que Gloria não pensava em nada e em coisa alguma. Naquele momento ele era tudo em sua vida. Quanto mais o tempo passava, mais amor se destinava para mil alucinações que em ansia a deixavam incomum. Até mesmo um toque de telefone ela rejeitava atender pois era um amor intenso aquele vivido entre os dois amantes. Um momento e ela viu escorrer por entre as pedras de um mar rosas como se fosse água a penetrar no oceano escuro e enigmático. Ela só olhava com ternura a face do amado amante forçando-lhe por mais tempo ficar na mesma posição em que os dois sempre estiveram naquela manhã ou tarde. Uma primavera alucinante que deixava Gloria em extase a rebuscar nos lençois da cama algo que se fazia concreto. Deitados em tenras almofadas ela apenas pensava no que havia para dizer e buscava não falar. Aquele amor era tão inteso que qualquer palavra buscaria o despertar entre brumas os efeitos da razão. Flores do campo olhavam o casal e bendiziam entre as outras flores do jardim que aquele amor não precisava ser interrompido. O vento cálido soprava de leve e reluzente para conduzir Glória ao seu apogeu do esquecimento. Uma fala de amor era tudo que ela ainda suportava no naufragiu do resurgir. Saudades eram tudo o que Glória sentia no seu adormecer. Ilusão preferida tinha todo o seu intimo ser. Quando Glória se refez viu que tudo não passara de um sonho. Seu corpo ardia como se estivesse em febre ao ver as suas roupas molhadas de prazer.

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