domingo, 16 de agosto de 2009

RIBEIRA - 371

PLACA COMEMORATIVA DO LOCAL ONDE FOI REALIZADO O
FESTIVAL DE WOODSTOCK, POSTADA EM 1969
O FESTIVAL ABRIU OFICIALMENTE ÀS 17 HORAS COM
RICHIE HAVENS.
Embora o festival tenha sido reconhecidamente pacífico, dado o número de pessoas e as condições envolvidas, houve duas fatalidades registradas: a primeira resultado de uma provável overdose de heroína, e a outra após um atropelamento de um trator. Houve também dois partos registrados (um dentro de um carro preso no congestionamento e outro em um helicóptero), e quatro abortos. Ainda assim, em sintonia com as esperanças idealisticas dos anos 60, Woodstock satisfez a maioria das pessoas que compareceram. Mesmo contando com uma qualidade musical excepcional, o destaque do festival foi mesmo o retrato comportamental exibido pela harmonia social e a atitude de seu imenso público.

RIBEIRA - 370

WOODSTOCK
Hoje, os norte-americanos estão comemorando os 40 anos do Festival de Woodstock. uma festa que, nos atuais tempos somente reviverão três dias. Há 40 anos, esse Festival mostrou para o mundo uma juventude onde, para ela, era tudo "paz de amor". Amor físico, bem entendido. Os jovens - normalmente ricos - saíra da casa de seus pais para ouvir durante três dias os seus cantores prediletos. Foram três dias de paz e música, como dizia o anuncio feito por seus organizadores, conclamando a juventude para assistir aos concertos. Tudo isso se passou numa vila rural de Bethel, em Sullivan County, a 69 Km a sudoeste da cidade de Woodstock, Nova York. Trinta e dois eventos realizados durante os três dias da semana, debaixo de muita chuva. Estavam presentes 500 mil pessoas nos concertos que reuniram cantores como Joan Baez, grávida de seis meses na época, Janis Joplin que projetou "Summertime", Creedence Clearwater Revival, que projetou a musica pop Proud Mary, Jimi Hendrix, The Who e várias outras celebridades até então desconhecidas no Mundo. Hoje, Woodstock é amplamente considerado como um dos maiores momentos da musica popular americana.
A década de 1960, uma das mais conturbadas, chegava ao fim. A geração "paz e amor" experimentava o amor livre, as drogas - maconha, LSD (ácido lisergico) e cocaína - e o rock and roll embalava tudo. O festival de Woodstock sintetiza a época. Ele é a realização do sonho de quatro jovens: dois tinham dinheiro e dois tinham a idéia de um festival de rock numa área rural. A faazenda invadida por meio milhão de jovens que engarrafaram as estradas, enfrentaram chuva, lama, falta de comida. Hoje, nem de longe a fazenda de Bethel lembra aquele agosto de 69. Um monumento marca o local do show. E a pastagem verde é o lugar que foi coberto pela multidão. O museu de Bethelwoods conta a história detalhada do que foram aqueles três dias de paz, amor e música. Mas apesar do festival não ter sido na cidade, o festival hippie ficou mesmo com Woodstock. É lá que ainda vivem os jovens daquela época, que chegaram para o festival e nunca mais deixaram Woodstock, terra de Bob Dylan. Eles, hoje se orgulham de inspirar as novas gerações.
Os hipies de Woodstock queriam mudar o mundo com flores, drogas, paz e amor, mas acabaram sendo mudados pelo mundo. Para as pessoas que participaram do festival de rock em Bethel, ao norte de Nova York, de 15 a 16 de agosto de 1969, o espetáculo anunciava o advento de uma nova era, definida como a fundação da "Nação Woodstock". Muito da lenda de Woodstock - a maconha, o nudismo e o pacifismo - era o que tinham esperança os jovens daquela época. Mesmo ainda vivendo assim, hoje eles notam que nem tudo deu certo, apesar de alguns hippies não se arrependerem de sua juventude: "Paz, amor e felicidade" realmente o que eles queriam.
Na verdade, Woodstock foi um festival de música anunciada como "Uma Exposição Aquariana". O festival exemplificou a era hippie e aa contracultura do final dos anos 60 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante o chuvoso fim de semana defronte a meio milhão de espectadores. O evento foi capturado em um documentário lançado em 1970, Woodstock, além de uma trilha sonora com os melhores momentos.
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sábado, 15 de agosto de 2009

RIBEIRA - 369

- PÓS-MORTE -
A questão do que acontece, especialmente com os humanos, durante e após a morte, é uma interrogação frequente, latente mesmo, na psique humana. Tais questões vêm de longa data, e a crença numa vida após a morte como a reencarnação ou a ida a outros mundos é comum e antiga. Para muitos, a crença e informações sobre a vida após a morte são uma consolação ou uma cobarvia em relação à morte de um ser amado ou à prospecção da sua própria morte. Por outro lado, medo do Inferno ou de outras consequências negativas podem tornar a morte algo mais temido. A contemplação humana da morte é uma motivação importante para o desenvolvimento de sistemas de crenças e religiões organizadas. Por essa razão, palavra passamento quando dita por um espírita, significa a morte do corpo. A passagem da vida corpórea para a vida espiritual.
Apesar desse ser conceito comum a muitas crenças, ela normalmente segue padrões diferentes de definição de acordo com cada filosofia. Várias religiões crêem que após a morte o ser vivo ficaria junto do seu criador, (Deus).
Muitos antropólogos sentem que os enterros fúnebres atribuídos ao Homem de Neanderthal, onde corpos ornamentados estão em covas cuidadosamente escavadas, decoradas com flores e outros motivos simbólicos, é evidência de antiga crença na vida após a morte.
Do ponto de vista científico, não se pode confirmar nem rejeitar a idéia de uma vida após a morte. Embora grande parte da comunidade científica sustente que isso não é um assunto que caiba à ciência resolver, muitos cientistas tentaram entrar nesse campo estudando as chamadas "experiências de quase morte", e o conceito de "vida" se associa ao de "consciencia". São consideradas duas hipóteses:
------ * A consciência existe unicamente como resultado de correlação da matéria. Se esta hipóteses fôr verdadeira, a vida cessa de existir no momento da morte.
------ * A consciencia não tem origem física, apenas usa o corpo como instrumento para se expressar. Se esta hipótese for verdadeira, certamente há uma existência de consciencia após a morte e provavelmente antes da morte, também, o que induziria às tentativas de validação da reencarnação.
Até quando (e se) a ciência conseguir demostrar alguma dessas hipóteses, esse assunto continuará a ser uma questão de fé para a grande maioria das pessoas.
Um dos ramos da ciência relatados através de vários casos de quase morte estuda os sentimentos declarados de pacientes que recuperaram suas funções vitais depois de uma intervenção médica. São comuns ralatos de pessoas que dizem ter visto uma luz, um túnel iluminado e às vezes vendo-se a sí mesmo, fora do próprio corpo, durante uma cirurgia. Esses relatos dividem opiniões de especialistas que defendem as causas religiosas no sentido de que a "luz" vivenciada pelos pacientes de quase morte era a luz para o caminho dos céus. A ciencia tenta explicar esse fenômeno através de alterações químicas no cerébro, especialmente pela falta de oxigenação em cirurgias graves, fazendo o paciente ter alucinações nesse período de intervenção.
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RIBEIRA - 368

A MORTE
Morte, óbito, falecimento ou passamento são termos que podem referir-se tanto ao término da vida de um organismo como ao estado desse organismo depois do evento. As alegorias comuns da morte são o Anjo da Morte, a cor negra, ou o famoso túnel com luminosidade ao fundo.
A morte é o fenômeno natural que mais se tem discutido tanto em religião, ciência, opiniões diversas. O Homem, desde o princípio dos tempos, tem a caracterizado com misticismo, magia, mistério, segredo. Para os céticos, a morte compreende o cessar da consciência, exatamente quando o cérebro deixa de executar suas funcionalidades.
Biologicamente, a morte pode ocorrer para todo o organismo ou apenas para parte dele. É possível para células individuais, ou mesmo órgãos, morrerem e ainda assim o organismo continuar a viver. Muitas células individuais vivem por apenas pouco tempo e a maior parte das células de um organismo são continuamente substituidas por novas células.
A substituição de células, através da divisão celular, é definida pelo tamanho dos telômeros e ao fim de um certo número de divisões, cessa. Ao final deste ciclo de renovação celular. não há mais replicação, e o organismo terá de funcionar com cada vez menos células. Isso influenciará o desempenho dos órgãos num processo degenerativo até o ponto em que não haverá mais condições de propagação de sinais químicos para o funcionamento das funções vitais do organismo; o que seria morte natural por velhice.
Também é possivel que um animal continue vivo, mas sem sinal de atividade cerebral (morte cerebral) nestas condições, tecidos e órgãos vivem e podem ser usados para transplantes. Porém, neste caso, os tecidos sobreviventes precisam ser removidos e transplantados rapidamente ou morrerão também. Em raros casos, algumas células podem sobreviver. A irreversibilidade é normalmente citada como um atributo da morte. Cientificamente, é impossível trazer de novo à vida um organismo morto. Se um organismo vive, é porque aínda não morreu anteriormente. No entanto, muitas pessoas não acreditam que a morte física é sempre e necessariamente irreversível, enquanto outras acreditam em ressuscitação do espírito ou do corpo e outras ainda, têm esperança que futuros avanços científicos e tecnológicos possam trazê-las de volta à vida, utilizando técnicas ainda embrionárias, tais como a criogenia ou outros meios de ressuscitação ainda por descobrir. Alguns biólogos acreditam que a função da morte é primariamente permitir a evolução.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

RIBEIRA - 367

ALFRED HITCHCOCK
Filho de William Hitchcock e sua mulher Emma, Alfred Hitchcock nasceu em 13 de agosto de 1899 e foi criado rigidamente como católico, tendo estudado em um colégio regido por jesuitas. Seu interesse pela Sétima Arte veio em 1915, junto com o seu primeiro emprego fora da família, na Henley Telegraph and Cable Company.
Em 1920, Hitchcock ficou sabendo que Lasky abriria um estudio em Londres e se assegurou para que conseguisse o emprego de designer de títulos. Pelos próximos dois anos ele foi o responsável por criar todos os títulos dos filmes do estúdio. Em 1923 veio a sua primeira chance de dirigir um filme quando o diretor de "Always Tell Your Wife" Hugh Croise ficou doente. Hitchcock terminou o filme mas seu trabalho não foi creditado. Impressionado com o excelente trabalho no filme, o estúdio acabou contratando o diretor para "Number 13", mas antes que o filme pudesse ser finalizado o estúdio fechou suas operações britânicas. Foi então contratado como diretor-assistente por Michael Balcon para a empresa que seria conhecida como Gainsborough Pictures. Na verdade ele fez muito mais do que isso, trabalhando como roteirista, designer de títulos e diretor de arte.. Depois de muitos trabalhos para a companhia, ele teve em 1925 a chance de dirigir seu primeiro filme, uma co-produção entre Inglaterra e Alemanha chamada "The Pleasent Garden". Sua carreira de diretor renomado estava apenas começando. O suspense só foi integrar suas obras a partir de seu próximo filme: "O Inimigo das Loiras" (The Lodge) em 1926, gênero que o diretor nunca mais abandonou. No mesmo ano ele se casou com Alma Reville com quem teve uma filha, Patrícia Hitchcock. O diretor acabou sendo eleito um dos melhores de todos os tempos, sem mesmo nunca ter ganho um Oscar, fato considerado como sendo uma das maiores injustiças da história da Academia de Artes Ciências Cinematograficas. Alfred Hitchcock veio a falecer em 29 de abril de 1980 devido à falencia de seus rins. Seu último filme foi "Trama Macabra", em 1976."Psicose" foi feito em 1960, "O Homem que Sabia Demais", foi de 1956, "Janela Indiscreta", foi de 1954, "Disque M para Matar". de 1954, "Pacto Sinistro", de 1951, "Quando Fala o Coração", de 1945. Ao todo, Hitchcock fez 60 filmes. Agora, ele estaria completando 110 anos de idade.
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

RIBEIRA - 366

MINHA ORAÇÃO
Eu lembro muito bem do meu tempo de criança, quando a minha mãe mandava eu rezar antes de dormir. "Reze! Reze! Reze!". Era todo dia aquela oração postada por minha mãe, E eu, rezava. Já sabia a oração por completo e dizia, com a boca fechada, todo o estribilho: "Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, que a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege e guarde, governe e ilumine. Amen!". Era só isso que eu tinha que declamar baixinho. Depois, cama!.Enrrolava-me com o lençol branco espelhando e pegava no sono para acordar no dia seguinte. Eu lembro que antes de dormir, a minha mãe, toda noite vinha saber se eu tinha urinado para não correr o risco de fazer xixi na cama. Minha mãe abria a porta do quarto - uma porta imensa - e então perguntava: "Urinou?" - perguntava ela. E eu respondia: "Sim! Urinei!". E ela continuava: "Venha urinar de novo! Eu não ouvi!" - E eu respondia: "Mas, urinei, mãe!" - com a minha voz de criança, com um medo danado de levar chicotadas que ela nunca açoitou. "Venha logo! Aqui! Urine!". - dizia a minha mãe com o seu ar prepotente. E lá ia eu diante das ameaças de minha mãe de que se eu não fizesse logo o "bicho papão" vinha me comer. E eu tinha medo desse tal "bicho papão" que corria para o vaso, para urinar, pois, na verdade, eu não tinha feito coisa alguma antes. Apenas não sentia vontade. A minha única vontade era de ir para a cama dormir e, pronto. Quando eu acabava de fazer xixi, minha mãe dizia: "Olha! E não queria fazer. Tá cheio de mijo, o urinol". Eu, calado ficava, pois a urina estava bem guardada para sair quando eu pegasse de vez no sono. E então, quando os anjos do purgatório viessem colher a minha urina eu já estava no terceiro sono. Era isso o que a minha mãe dizia. A verdade é que, no dia seguinte, se eu tivesse feito xixi na cama, a minha mãe tinha que lavar todos os lençois que ainda estavam molhados. De certa feita, eu quando acordei logo cedo dobrei os lençois, guardei bem guardados, pus em baixo dos travesseiros e saí de mansinho feito lebre para escovar os dentes, lavar a boca, o rosto e tudo mais que tinha de fazer, antes que a minha mãe ouvisse eu de pé. Mas, isso não deu certo. Ouvi a minha mãe falar alto: "Tome banho! Se não o couro come!". Eu, molestado de raiva, fui tomar banho. Abri a torneira e dexei a água escapar sem me molhar. Passava apenas água no pescoço e nos braços, fazendo de conta que estava tomando banho. Foi nesse instante que a minha mãe entrou no banheiro e me puxou para baixo do chuveiro, dizendo: "Ah Cabra! Pensa que me engana?!". Eu, chorando feito um bode, vi a água descer corpo abaixo, me molhando todo e por completo. E o sabonete que a minha mãe trazia, fazia o asseio completo Toda a rua ouvia eu tomar banho, pois o berreiro era forte e alto. E minha mãe somente dizia: "Calado! Calado!". Era o fim do mundo aquele banho que minha mãe fazia eu tomar. Porém, não tinha importância porque nos dias seguintes eu escapolia da festa de tomar o asseio matinal. E minha mãe sembre dizia: "Deixe está! Voce volta!". Para mim isso não importava, pois eu já estava a caminho da minha escola cheio de poeira do dia passado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

RIBEIRA - 365

CIGANOS

Certo dia, viajava eu para o interior do Estado, indo de carro de aluguel (taxis) quando já bem perto da cidade de Florânia ví, na estrada, vindo em sentido contrário um homem, sua mulher e um mundão de filhos. Eles viajavam em uma carroça de burro, toda quebrada, vencida pelo tempo, puxada por dois burros. Atrás da carroça e seu condutor, vinham a mulher e mais uns três filhos. Na frente da carroça estava outro rapaz, parecendo ser também o filho do casal. Aquilo me deixou preocupado.
--- Para onde vai tanta gente assim!!?? - perguntei ao motorista.
--- Ciganos! - foi a resposta que ouvi.
--- Ciganos!? - voltei a indagar.
--- É! Ciganos! - voltou a dizer o motorista.
--- E para onde eles estão indo!? - tornei a indagar
--- Quem sabe!? Mundo à fora. Por aí! - respondeu o motorista.
Nesse ponto, eu calei. E pensei. - Ciganos!!! - Há muito tempo eu ví uns ciganos. Por diversas vezes, eu vi ciganos. Eram sempre mulheres. Saia comprida, arrastando no chão. colares de contas, enfeites mil, braceletes, um cordão da cintura, pano na cabeça, argola nas orelhas, boca pintada e coisas mais. Eu era pequeno. Meus 8 anos quando avistei as mulheres sempre acompanhadas de suas filhas, mocinhas, coisa de 15 anos. Uma delas se aproximou de minha mãe e foi perguntando:
--- Quer saber o seu destino, senhora!? - perguntou a cigana.
--- Não!!! - respondeu a minha mãe em tom ríspido.
--- A senhora tem um futuro brilhante! Deixe eu ver a sua mão! - argumentou a cigana.
--- Não quero saber! Pode deixar o meu futuro! - respondeu a minha mãe.
--- Que belo filho a senhora tem! - comentou a cigana, passando a mão na minha cabeça.
--- Vai prá lá, menino!!! Ele não está à venda! - respondeu de forma áspera, a minha mãe, me puxando para dentro de casa e, ao mesmo tempo, respondendo à cigana.
Com o passar das horas, eu, inqueto por saber, perguntei à minha mãe quem era aquela mulher. Ela, então, me respondeu com uma voz um tanto rouca.
--- Cigana! Não se meta com aquela gente! Viu? - falou a minha mãe.
Eu calei. E fui brincar com o meu irmão, inda novo. Mas, a cigana não me saía da memória. E eu perguntava a mim mesmo: "Cigana é desse mundo!?" - E não obtinha resposta. Nem por isso eu apaguei da minha mente. Onde estava uma palavra que citava em "ciganos", eu estava a ler.
Passaram-se os tempos, eu, já crescido, vez por outra via algumas ciganas passando em frente à repartição onde eu estava a trabalhar. Em tais momentos, eu espichava o pescoço para ver o destino que as mulheres tomavam. E sempre seguiam em debandada. Apressadas como ninguém. Era costume das ciganas abordarem mulheres, homens e jovens, procurando dizer-lhe o seu "destino". Algumas vezes, obtinham os favores de alguém. De outras, não.
A história do povo cigano é ainda hoje objeto de controvérsia. Existem várias razões que explicam a obscuridade que envolve a esse assunto. Em primeiro lugar, a cultura cigana é fundamentalmente ágrafa e despreocupada por sua história, de maneira que não foram conservados por escrito sua procedência. Sua história foi estudada sempre pelos não ciganos, com frequencia através de um cariz fortemente etnocentrista. Os primeiros grupos ciganos chegados a Europa ocidental fantasiavam acerca de suas origens, atribuindo-se uma procedência misteriosa e lendária.
O termo em português "cigano" é uma curruptela de "egipcio", aplicado a esse povo pela crença erronea de que seriam proveniente do Egito. Um estudo da língua romani, própria dos ciganos, confirmou que se tratava de uma língua indo-ariana, muito similar ao panjabi o hindi ocidental. Isso demonstra que a origem do povo "rom" está no noroeste do Subcontinente Indiano, na zona em que atualmente fica a fronteira entre os estados modernos de Índia e Paquistão. É provável que os ciganos originaram-se de uma casta inferior do noroeste da India.
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