quinta-feira, 19 de março de 2009

RIBEIRA - 267

VIVIEN LEIGH
Vivien Leigh nascida Vivian Mary Hartley, veio ao mundo em Darjeeling, Índia, no dia 5 de novembro de 1913. Foi uma famosa atriz britânica que fez muito sucesso no teatro e no cinema, considerada uma das mais belas e importantes atrizes do século XX. Apesar de suas aparições no cinema terem sido relativamente poucas, ela venceu o Oscar de Melhor Atriz duas vezes. A primeira foi interpretando Scarlett O'Hara em ...E O Vento Levou (1939), e a segunda foi interpretando Blanche DuBois em Uma Rua Chamada Pecado (1951) (a mesma personagem que ela interpretara nos palcos da West End, em Londres). Vivien fazia frequentemente colaborações com seu marido, Laurence Olivier, que dirigiu-a em vários de seus filmes. Durante mais de trinta anos como atriz de teatro, ela se mostrou bastante versátil, interpretando desde heroínas das comédias de Noel Coward e George Bernard Shaw às personagens dos dramas clássicos de Shakespeare.
Aclamada por sua beleza, Vivien sentia que isso às vezes atrapalhava o público de vê-la como uma atriz séria. Afetada por um distúrbio bipolar durante a maior parte de sua vida adulta, o humor de Vivien era quase sempre não-entendido pelos diretores, e ela ganhou a reputação de ser uma atriz dificil. Diagnosticada com tuberculose crônica na metade da década de 1940, Vivien se tornou uma pessoa enfraquecida a partir de então. Ela e Olivier se divorciaram em 1960, e Vivien continuou a trabalhar esporadicamente no cinema e no teatro até sua morte súbita por tuberculose.
Em 1932, aos 18 anos, Vivien entrou na Academia Real de Artes Dramáticas de Londres. Surpreendentemente, no entanto, ela saiu no outono do mesmo ano, quando decidiu se casar. Vivian conhecera e se apaixonara pelo jovem advogado Hebert Leigt Holman, e os dois se casaram em 20 de dezembro de 1932. Logo em seguida, em 1933, nasceu Suzanne Holman, a filha do casal.
Vivien fez teste e foi escolhida para um pequeno papel num filme chamado Things Are Looking Up (1935). Embora o papel fosse pequeno, chamou a atenção de um empresário, John Glidden, do qual ela se tornou cliente. Depois, no mesmo ano, veio um filme barato: The Village Squire. John Glidden também criou um nome artístico para Vivian, usando o primeiro nome dela e um sobrenome do marido. Pouco depois, o produtor Sidney Carroll sugeriu que a letra "a", do nome Vivian, fosse substituido por uma letra "e" para dar mais feminilidade. Vivien Leigh estreou nos palcos de Londres interpretando a esposa namoradeira em The Green Sash. A carreira dela deu uma guinada quando ela protagonizou a produção de Sidney Carroll da peça The Mask Of Virtue. A peça, que estreou em 15 de maio de 1935 foi um estrondoso sucesso e, quase da noite para o dia. Vivien Leigh se tornou o assunto de Londres. Os elogios da crítica a Leigh, unidos a sua inconparavel beleza chamaram a atenção do produtor Alexander Korda, que a contratou por cinco anos. Vivien conseguiu aparecer em mais tres peças.Em 1937, Vivien Leigh filmou "Fogo sobre a Inglaterra" ao lado de Laurence Olivier. Nesse tempo, Olivier ficou íntimo de Vivien e restou muito pouco para que os dois se apaixonassem. Então, os dois revelaram ao marido de Vivien que ambos estavam apaixonados e ela queria o seu divorcio.
Em 1938, Laurence Olivier foi contratado para trabalhar em "O Morro dos Ventos Uivantes" (1939), em Hollywood. Vivien decidiu que precisava vê-lo, e partiu à bordo do Queen Mary. Dizem que, durante a viagem, ela ficava na cabine, lendo o livro "...E O Vento Levou", de Margaret Mitchell. Vivien não só estava ansiosa para rever o seu amado Olivier, mas também planejava conquistar o papel de Scarlett O'Hara, a protagonista do filme "E O Vento Levou" (1939) . Na época, havia muita divergencia sobre quem deveria interpretar Scarlett. A escolha da atriz que a interpretaria fascinou o mundo. Centenas de mulheres fizeram teste de setembro de 1936 até dezembro de 1938. Passaram pelo estudio Paulette Goddard, Jean Arthur, Lana Turner, Susan Hayward e outras tantas, conhecidas e desconhecidas. O produtor do filme, David O. Selznick, sempre preferia achar uma atriz novata, algum rosto novo que não fosse identificado por papeis anteriores. Vivien Leigh, que era inglesa, foi escolhida pelo produtor David O. Zelznick quando já haviam iniciado as fimagens. Durante as filmagens do incendio de Atlanta, ele a viu ao lado de Laurence Olivier, e logo lhe ofereceu o papel da heroína sulista.
O clássico ganhou o impressionante número de 10 prêmios Oscar, inclusive um dado a uma atriz afro-americana, Hattie McDaniel. Durante as filmagens, ninguém na produção acreditava que Vivien Leigh fosse resistir ao charme de Clark Gable. Mas, na verdade, eles não se entendiam, pois ela considerava pouco profissional que ele deixasse o estúdio sempre às seis horas da tarde, todos os dias. Ele, achava um abuso oferecer um papel essencialmente estadunidense a uma atriz inglesa. Vivien odiava o hálito de Gable - ele comia cebolas de propósito, poucas horas antes de gravar - e o cheiro de licor, que a deixava com náuseas. Ele revelou que, quando a beijava, pensava em bife. Vivien trabalhou nos sets de filmagens por 125 dias e recebeu por isso a quantia de 25 mil dólares. Já Clark Gable trabalhou 71 dias e ganhou 120 mil dólares.
Quando já retornara a Londres, depois do segundo casamento naufragado, com a separação em 1960 de Laurence Olivier, a atriz, Vivien Leigh, aos 54 anos de idade, ao ensaiar uma peça, teve uma recaída, dada como tuberculose, da qual nunca se apartou, e morreu de dia 7 de julho de 1967. Além de sua filha, também assitiu ao enterro a sua mãe. Ao todo, ela fez apenas vinte filmes.
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