sexta-feira, 20 de março de 2009

RIBEIRA - 268


ALMA PERDIDA
Entra, hoje, em circuito nacional, o filme de terror, "Alma Perdida" que é uma reprodução de outros filmes do gênero, como "O Exorcista" ou mais dois que foram feitos no Japão, sem se falar nos que foram produzidos dos Estados Unidos. Muito se fala no cinema sobre o holocausto e a perseguição sofrida pelos judeus na Segunda Guerra Mundial, mas esse tipo de tema é abordado, basicamente, somente por dramas. "Alma Perdida" explora o mesmo tema, mas prefere desenvolver um terror a partir desses trágicos acontecimentos. Dirigido por David S. Goyer, "Alma Perdida" acompanha o terror instaurado na vida da jovem estudante universitária Casey Beldon (Odette Yustman). De repente, ela começa a ser assombrada por um dybbuk - espírito malevolente e vagante no folclore judaico - que encarnou num menino perseguido no campo de concentração de Auschwitz na Sengunda Guerra Mundial. O namorado da jovem, Mark Hardigan e a melhor amiga, Romy, ajudam Casey da forma que podem, mas ela é obrigada a procurar a ajuda do rabino Sendak, especializado em casos espirituais, para conseguir se livrar do tormento. A perseguição, aparentemente inexplicável, começa a ganhar forma na medida em que a protagonista descobre seu passado familiar, baseado num pai ausente e numa mãe suicida. Se na família ela não encontra apoio, é nos amigos que encontra o conforto para tentar afastar o menino de olhos azuis e brilhantes que a assombra. Goyer é capaz de criar algumas imagens bem perturbadoras em "Alma Perdida". Nota-se, também, uma clara influência dos filmes de terror orientais tanto na construção da trama quanto na base estética do longa. Temas como crianças fantasmas, bebês e o protagonista lidando com seu passado são recorrentes no cinema de horror oriental, tão em voga em Hollywood. Mesmo tendo essa cara de remake sem ser baseado numa obra previamente filmada, "Alma Perdida" ainda consegue dar seus passos ao tentar explorar o rico folclore judaico, embora perca pontos ao não aprofundar tema tão interessante. "Alma Perdida" acaba resultando num filme irregular.
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