terça-feira, 17 de março de 2009

RIBEIRA - 266

JULIA ROBERTS
Julia Fiona Roberts nasceu a 28 de outubro de 1967, em Smyrna, Georgia, Estados Unidos. Hoje, tem 41 anos. Julia fará 42 anos em outubro. Filha de professores de arte dramática, que se divorciaram quando ela tinha 4 anos, deixou na adolescencia a pequena cidade de Smyrna, um pequeno subúrbio de Atlanta, onde nasceu e enfrentou a separação dos pais, ainda quando tinha 4 anos de idade, e seu pai, pelo qual tinha um grande carinho, morreu de cancer quando Julia tinha 9 anos. Embora seus pais tivessem montado uma oficina para atores antes de seu nascimento, ela cresceu para se tornar uma veterinária. Este sonho durou pouco, até Julia completar o Segundo Grau, aos 17 anos, quando foi promover a carreira de sua irmã Lisa em Nova York. Mudou-se para o apartamento dela, mas, em vez de frequentar as aulas, ia assistir as peças em cartaz na Broadway. Batizada como Julia Fiona Roberts, foi obrigada a escolher um pseudônimo quando resolveu tentar a carreira artística em Hollywood. Já havia uma atriz registrada como Julia Roberts no American Equity.
Trabalhou em lojas de sapatos, de sorvetes e como modelo fotográfico antes de seguir a tradição da família - seu pai, Walter Roberts, fundou em 1963 o Atlanta Actors and Writers Workshop, Mas, ao contrário do irmão, não se preocupou em obter formação clássica em arte dramática.
A persistencia de Julia levou-a a sua estreia no cinema, quando seu irmão, o ator Eric Roberts, convenceu o diretor Eric Masterson a lançá-la como atriz no drama "Sangue na Terra" (1988). Ela apareceu em filmes para a televisão de baixo orçamento, como Firehouse (1987) antes de adquirir um papel importante no drama "Satisfação" (1988), feito para a tv a Cabo. Isto a levou a um papel de grande destaque em "Três Mulheres, Três Amores" (1989), onde teve a oportunidade de rescimento da sua carreira, no papel de uma garçonete portuguesa de pizzaria, ela recebeu aplausos dos críticos por todo o país. Mas o seu reconhecimento como atriz veio no papel da filha da personagem de Sally Field em "Flores de Aço". Por seu ótimo desempenho, ganhou o Globo de Ouro e a indicação para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Depois do sucesso em "Uma Linda Mulher", que lhe rendeu outro Globo de Ouro e outra indicação para o Oscar de Melhor Atriz, alcançou o status de estrela e passou a fazer exigências.
No mesmo ano, tentou se transformar em atriz dramática, vieram outros dois secessos "Linha Mortal" (1990) e o suspense "Dormindo com o Inimigo" (1991). Entretanto, um mar de problemas rondava a vida da atriz. Em 1991, logo após ter feito "Tudo por Amor", (1991), drante as filmagens de "Hook - A Volta do Capitão Gancho" (1991), quis melhores vestuários, carros e hoteis do que o protagonista Dustin Hoffman. Como trabalhava o tempo todo descalça no papel de Fada Sininho, pediu uma pessoa exclusivamente para lavar seus pés. Ao saber da excentrica solicitação, Hoffman ironizou: "Prefiro lavar meus próprios pés".
Mudou também o seu visual de mulher sensual, cortando as longas madeixas e tingindo os ruivos cabelos. Deixou de exibir seu lindo sorriso e adotou uma postura mais séria. Em 1993, Julia Roberts renasce mais madura e comemora a sua volta ao sucesso com o filme "O Dossiê Pelicano". Os dois filmes seguintes, os modestos "O Poder do Amor" (1995) e "Todos Dizem que te Amo" (1996), no entanto, não renderam uma boa bilheteria. Após o drama político "Michael Collins - O Preço da Liberdade" (1996), voltou a expressar alegria na comédia musical "Todos Dizem Eu te Amo", de Woody Allen. Não bastasse ser a atriz mais bem paga de Hollywood, e em 1997, lá estaria ela novamente no foco dos refletores com a comédia romântica "O Casamento do Melhor Amigo" (1997), sucesso jáa no fim-de-semana de estréia. que ganhou o respeito da crítica ao ser indicado ao Globo de Ouro; e com o paranóico suspense "Teoria da Conspiração" (1997), no qual trabalhou com Mel Gibson. Participou ainda de "Lado a Lado" (1998), e dos campeões de bilheteria "Um Lugar Chamado Notting Hill" - 1999 - e "Noiva em Fuga" - 1999 -. Seu trabalho nas telas que lhe rendeu muitos elogios do público e da crítica foi "Uma Mulher de Talento" (2000).
No momento, a atriz a atriz Julia Roberts comparece a premiere de "Duplicity" no Teatro Ziegfeld em Nova York. No filme, ela volta a contracenar com Clive Owen, com quem já trabalhou em "Perto Demais". A encantadora atriz ainda não perdeu a sua classe de mulher deslumbrante. O filme é apresentado durante toda esta semana de março (2009) e Julia aparece na passarela como a mulher fatal. Julia Roberts possui uma beleza atipica. Rosto fino, alta com belas pernas e com um lindo e ondulado cabelo ruivo, ela é mais que elegante. Seus grandes olhos castanhos e sua boca sensual são capazes de muita expressão, particularmente alegria quando ela abre um largo sorriso ou riso incontido. Em 2001, foi premiada com o Oscar de melhor atriz e com o passar dos anos, em 2004, ela anunciou que estava grávida de gêmeos e deu à luz a Hazel Patricia e Phinnaeus Walter, no dia 28 de novembro do mesmo ano. Por causa do filhos ela disse que iria abandonar a carreira. Não cumpriu a promessa, pois estreou na Broadway em 2006 com a peça "Tres Dias de Chuva". Essa foi a sua primeira atuação no grande palco de Nova York, e seu trabalho foi bem recebido pelos críticos. No dia 18 de junho de 2007, Julia deu à luz ao seu terceiro filho, Henry Daniel Moder. Para o nao de 2009, já tem o lançamento do seu último filme "Duplicidade". Evem mais aí. Julia já conquistou tres Oscar e seis Globo de Ouro. É só esperar para ver.
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segunda-feira, 16 de março de 2009

RIBEIRA - 265




MARIANA XIMENES


Tem certos dias que eu fico a imaginar. Somente imaginar. Uma atriz que, para mim era tão desconhecida, me fez despertar do meu sono. Ela, uma menina, mocinha, coisa assim. E eu vivia a perguntar quem seria. Levou tempo para eu acordar do sono. Tempos e mais tempos. Uma certa vez, resolvi a procurar de onde ela seria. Busquei e busquei, até que enfim encontrei aquilo que eu tanto procurava.


Mariana Ximenes já aos seis anos de idade quiz ser artista. E nesse tempo interpretou um papel de Cinderela na sua escola, tendo se encantado pela profissão. Por isso, anunciou à sua família que desejava ser atriz, o que não foi levado a sério. O tempo passou e a moça Mariana Ximenes so Prado Nuzzi, nascida a 26 de abril de 1981, em São Paulo, Capital, estava pronta para estreiar. Era o ano de 1994 quando fez uma participação, com apenas 13 anos de idade, em uma novela chamada "74.5, Uma Onda no Ar", da então Rede Manchete, de lindas memórias. Foi aí que Mariana Ximenes começou a sua carreira de atriz. Daí para a frente, passados 4 anos, ele estreiou na Rede Globo no episódio "Dupla Traição". Em dezembro do mesmo ano, participou do piloto da série "Sandy & Júnior". Porém, a estreia da atriz em novelas aconteceu efetivamente neste mesmo ano - 1998 - pelas mãos de Walcyr Carrasco, quando interpretou a dissimulada Emília em "Fascinação", no SBT. Depois de "Fascinação", já na Globo, Mariana Ximenes participou das novelas "Andando nas Nuvens" e "Uga-Uga".


Em 2001, voltou a trabalhar com Walcyr Carrasco em "A Padroeira". Sua primeira protagonista foi Ana Francisca em "Chocolate com Pimenta", também de Walcyr Carrasco, em 2003, já então com seus 22 anos de idade. A novela fez retumbante sucesso, mostrado uma jovem buscado trabalhar em uma industria de chocolates, em uma cidade do interior. Vinda do campo, ela se fez esposa de um proprietario da fábrica. Dai para frente, entre queixas e mais queixas, o marido tendo morrido, ela veio a descobrir que o gosto do chocolate que a industria fazia estava no sabor da pimenta. Nesse mesmo ano, Mariana atuou na minissérie "A Casa das Sete Mulheres".

Em 2005, aos 24 anos, Mariana Ximenes esteve na novela "América" e em 2006 na minisserie "JK". Mariana Ximenes também protagonizou novamente, em 2006, como Bel a novela "Cobras & Lagartos". A atriz também vem atuando sucessivamente no cinema, onde estreou em 1999, no filme "Caminho dos Sonhos". Seu trabalho no filme "O Invasor", em 2002, lhe rendeu o Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Atriz Coadjuvante e o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Recife. Também atuou nos filmes Muito Gelo e Dois Dedos D'Agua" e "JK - Bela Noite para Voar", Em 2007, Mariana Ximenes fez uma participação especial nos capítulos finais da novela "Paraiso Tropical". Em 2008, a atriz integrou o elenco da novela "A Favorita" e também esteve nos cinemas , com o lançamento do filme "A Mulher do Meu Amigo". A menina que sonhava em ser atriz é filha de Fátima Ximenes do Prado Nuzzi, uma fonoaudióloga e de José Nuzzi Neto, um advogado.




domingo, 15 de março de 2009

RIBEIRA - 264

CANTINFLAS
Era uma tarde de domingo quando eu tomei assento em uma das cadeiras daquele cinema, doido para assistir o filme que ouvira dizer ser uma fita magnifica. Nas poltronas ao lado, atrás, na frente, somente eu ouvia as pessoas ratardatarias que chegavam também para ver aquela tão magnifica obra. Era uma película norte-americana, mas a história se desenvolvia, no início e no seu final, em Londres. Seu nome era: "A Volta ao Mundo em 80 Dias", baseado em um livro de Julio Verne. Depois de muito alvoroço, gente passando - "Com licença" - e eu tendo que erguer os pés - "Droga!" - tudo se aquietou, a não ser por causa de alguém que resolvera acender um cigarro e fumar às escondidas. Em cima, chegava o lanterninha e mandava que o gajo apagasse o famigerado cigarro. Ficava só o mal cheiro para perturbar o que estavam por perto. O filme era longo. Longo demais. 170 minutos. Ora vejam só! Mas, que importa? Era a minha vez de ver toda uma história contada no cinema. No elenco, tinha uma penca de atores, alguns que eu nunca ouvira falar. No entanto, nos papeis principais estavam David Niven, um ingles fleumático, e um artista (zinho) que eu ainda não ouvira falar: Cantinflas. O rapaz fazia o papel de um auxiliar de David Niven. Um auxiliar pobre. Bem pobre, mesmo. Porém, essa figura me chamou a atenção pelo seu modo de desempenhar. E eu fiquei atento a tudo quando o rapaz - com um verdadeiro humor - conseguia fazer. O seu nome não me saiu da mente e cheguei a vê-lo em outras produções. Mesmo assim, nunca a altura desse deslumbrante filme.
Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes, mais conhecido como Cantinflas, nasceu em Santa Maria la Redonda, cidade do México, em 12 de agosto de 1911. Foi o sexto de doze irmãos, o filho de Pedro Moreno Esquivel, carteiro, e Soledad Reyes Moreno Guizar. Além de ser conhecido como Cantinflas, foi também conhecido como El Mimo ou A Comédia de gabardine. De origem humilde, tinha sofrido da pobreza durante a sua infância. Ele cresceu no bairro de Tepito. Fez o curso de Medicina na Universidade do México para agradar o seu pai. Mesmo assim, durante os estudos começa a dar seus primeiros passos como um bailarino e ator profissional.
Ele trabalhou num circo e em breve o seu grande talento para a interpretação, a sua sensibilidade e a sua visão otimista do mundo o levou a criar o tipo de "Pelão" (homem vulgar e pobre do México, que marcou com as calças caídas, camisa em trapos, gravata amarrada no pescoço - uma espécie de Carlitos do cinema mudo americano -) e assim nasceu "Cantinflas. Assim começou a sua carreira de comediante. Charles Chaplin se admirou com o rapaz e chegou a chama-lo para trabalhar em um filme. No entanto não deu certo. Chaplin o considerava como o melhor comediante do mundo. Sua filmografia é extensa, realizando uma infinidades de papeis, variando de varredores de rua. Tem em seu crédito 50 filmes, entre os quais sao curtas, dois americanos e uma produção espanhola. A grande parte é mexicana. Sua primeira participação no cinema foi em 1936, no filme "Coração de Garoto" e a sua ultima vez foi em 1981, com os varredores. As decadas de 40 e 50 foram os mais produtivos para Cantinflas, tendo em 1946 assinado contratos com a Columbia Pictures. Sempre para Cantinflas era ver como um cidadão comum e ver como era visto entre o povo pobre do México. Quando abandou o mundo da arte ele se dedicou à instituições de caridade, de modo especial, às crianças. Sua morte aconteceu em 20 de abril de 1993. O seu funeral foi seguido por milhares de pessoas, tendo sido enterrado na cidade do México, na cripta da família Moreno Reyes. Entre os premios que recebeu em vida estáo uma estrela no Passeio da Fama, de Hollywood, o Globo de Ouro com sendo o de Melhor Ator por seu papel em A Volta ao Mundo em 80 Dias e os resultados alcançados ao longo de sua vida pela Academia Mexicana de Cinema. Em 27 de outubro de 1936 casou com Valentina Ivanova Zubareff, cuja origem era russa e permaneceu com ela até o dia de sua morte, no ano de 1966. No entanto, com Valentina, ele não teve filhos, tendo adotado uma criança em 1961 que pôs o nome de Mário Arturo Moreno Ivanova.
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sábado, 14 de março de 2009

RIBEIRA - 263

BRIGITTE BARDOT
Brigitte Bardot, nascida Brigitte Anne-Marie Bardot, veio ao mundo em Paris, França, a 28 de setembro de 1934. BB é uma atriz e cantora francesa, apesar de ter gravações, inclusive em português, como "Maria Ninguém". Conhecida mundialmente por suas iniciais, BB, é considerada o grande simbolo sexual dos anos 60 e 70. Seu pai, Louis Bardot, foi um industrial da alta burguesia francesa. Sua mãe, Anne-Marie, era quatorze anos mais jovem que seu pai e casaram-se em 1933. Ela recebeu influência da mãe nas artes da dança e música. Em 1947, foi aceita no Conservatório de Dança e Música de París e cursou aulas de balé por três anos. Com o apoio e incentivo da mãe, começou a fazer trabalhos de moda em 1949, aos quinze anos, e em 1950 foi capa da edição de março da revista ELLE francesa, trabalho que chamou a atenção do então jovem cineasta Roger Vadim. Vadim mostrou a capa da revista ao cineasta e roteirista Marc Allegret, que convidou Brigitte para um teste para seu filme "Les Lauriers sont Coupés". BB foi escolhida para o papel, mas o filme acabou não sendo realizado. Mesmo assim, esta oportunidade fez com que ela pensasse em se tornar atriz. Mais do que isso, seu encontro com Vadim , que assistiu ao teste, iria influenciar sua carreira e sua vida. Brigitte Bardot estreou no cinema aos 17 anos no filme Le Trou Nomand (1952) e no mesmo ano, após dois anos de namoro à revelia dos pais, casou-se com Roger Vadim. Em seu segundo filme, "Manina, la fille sans voile", suas cenas de biquine fizeram com que seu pai recorresse à Justiça para impedir que as cenas fossem levadas ao cinema, sem sucesso. Entre 1952 e 1957 ela fez dezessete filmes, nenhum de grande sucesso, dramas romanticos e históricos, sendo três filmes em inglês, entre eles "Helena de Tróia", mas foi o grande centro de atenção da mídia presente ao Festival de Cannes de 1953. Vadim não estava contente com isso e achava que Brigitte estava sendo subestimada pela indústria. A nouvelle vague francesa, inspirada no neo-realismo italiano estava começãndo a crescer internacionalmente e ele, acreditando que Bardot poderia estrelar filmes de arte nessa linha, a escalou para o papel principal do seu novo filme , "E Deus Criou a Mulher" (1956), com a então jovem sensação masculina do cinema francês, Jean-Louis Trintignant. O filme, sobre uma adolescente amoral numa pequena e respeitável cidade do litoral, fez um grande sucesso - e causou grande escândalo - mundial, transformando BB num símbolo sexual, com suas cenas de nudez correndo as telas de cinema de todo o mundo.
Na moralista Hollywood dos anos 50, onde o maior símbolo sexual, Marilyn Monroe, no máximo havia aparecido nas telas de maiô, seu perfil erótico a transformou numa aposta arriscada para os estúdios, e isso, além de seu sotaque e se inglês limitado, a impediram de fazer uma grande carreira no cinema norte-americano. De qualquer modo, ela se tornou a mais famosa atriz europeia nos Estados Unidos e permanecer na França beneficiou sua imagem. Durante a década de 60, quando a Europa, principalmente Londres e Paris, começou a ser o novo centro irradiador de moda e comportamento e Hollywood saiu por um tempo da luz dos holofotes, ela acabou eleita a deusa sexual da década. Verdadeiro ou falso, nesta época se dizia que Brigitte Bardot era mais importante para a balança comercial francesa que as exportações da industria automobilista do pais.
Bardot se divorciou de Vadim em 1957 e dois anos depois casou-se com o ator Jacques Charrier, que lhe deu seu único filho, Nicolas, e com quem estrelou "Babette Vai à Guerra" (1959). Seu casamento mudou o rumo de sua carreira. Seus filmes tornaram-se mais substanciais com aclamação da crítica na França. Em 1963, ela estrelou o aclamado filme de Jean-Luc Godard, "O Desprezo". Por toda essa década, ela continuou fazendo filmes, cantando e gravando nos musicais de televisão. Em 1973, pouco antes de completar quarenta anos, Brigitte Bardot anunciou que estava deixando a carreira de atriz. Após mais de cinquenta filmes e de gravar dezenas do LPs, a diva se recolheu.
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sexta-feira, 13 de março de 2009

RIBEIRA - 262

GILDA DE ABREU
Aquí, temos atores e atrizes que valem ouro. Essa, é Gilda de Abreu que foi cantora lírica, atriz, compositora, escritora e cineasta. Ela, ainda hoje, vale ouro. Nas telas, nos anos 30 desempenhou papeis singulares. Em 1946 escreveu o roteiro e dirigiu o filme "O Ébrio", ainda hoje considerado apenas como um "melodrama". Apenas. Mas, "O Ébrio" foi um marco na historia do cinema brasileiro, assim como o antológico "Ganga Bruta," feito por Humberto Mauro no ano de 1933. Considerado como o "abacaxi da Cinédia", "Ganga Bruta" findou consagrado como obra-prima de Humberto Mauro. Assim acontece com o imortal e inesquecivel "O Ébrio", de Gilda de Abreu. Ele é um filme perfeito, do começo ao fim. Se foi um tal melodrama, quem não usou dessa técnica para contar uma história?
Gilda de Abreu - era seu nome verdadeiro - nasceu em Paris, França, no dia 23 de outubro de ano de 1904. Ela era filha da cantora lírica portuguesa Nícia Silva de Abreu e veio para o Brasil com quatro anos para ser batizada. Seu pai era diplomata e , na época em que Gilda nasceu, ele e a mulher faziam uma viagem de férias pela França. Por isso, Gilda nasceu em Paris. Em 1914, com a Primeira Guerra Mundial, a sua mãe, que cumpria periodicamente contratos na Europa, instalou-se definitivamente no Rio de Janeiro. Aos 18 anos Gilda começou a estudar canto com sua própria mãe, que havia se dedicado ao ensino. A garota revelou-se excelente soprano ligeiro. Para quem ainda não sabe o que é soprano, isso quer dizer "soberano". E foi assim que Gilda se aplicou nos meios artisticos da capital do Brasil. Seu princípio foi cantar em festas de caridade e concertos, chegando a interpretar em 1920, (ano em que conheceu Vicente Celestino), no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, as óperas Les Contes d'Hoffmann, de Jacques Offenbach, O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini e Lakmé, de Léo Delibes.
O tempo foi passando e no ano de 1933, Gilda de Abreu iniciou suas atividades no teatro musicado, participando da opereta "A Canção Brasileira", de Luis Iglésias, Miguel Santos e Henrique Vogeler, trabalhando ao lado de Vicente Celestino, no Teatro Recreio, do Rio de Janeiro, com quem casou cinco meses após a estréia e passou a trabalhar em estreita colaboração. Ainda em 1933, Gilda de Abreu escreveu todo um ato da opereta "A Princesa Maltrapilha", levada à cena no mesmo ano.
Passados dois anos, em 1935, ela estrelou o filme de Oduvaldo Viana, "Bonequinha de Seda", baseado na valsa de mesmo nome, de sua autoria, um dos sucessos de Vicente Celestino. Nesse ano, Gilda compôs a opereta "Aleluia", estreada em 1939, no Teatro Carlos Gomes, do Rio de Janeiro.
Em 1937 fez o filme Alegria, que não teve grande repercussão. Em 1942. Gilda escreveu as letras das canções MESTIÇA (música de Ary Barroso) e OUVINDO-TE (música de Vicente Celestino). Até 1944, Gilda de Abreu esteve ligada a uma companhia de operetas, da qual Vicente também fazia parte, que realizou excursões por todo o Brasil. Em 1946, Gilda de Abreu escreveu o roteiro e dirigiu o filme "O ÉBRIO", também inspirado em outra composição de sucesso do marido, que atuava no papel-título. Sem dúvidas, esse foi o seu melhor trabalho para o cinema brasileiro, um êxito de bilheteria, movendo um público inominavel às casas de espetaculos ondo o filme era exibido. A história se passa quando um jovem - Gilberto Silva - vem para a cidade grande depois que o seu pai perde tudo o que tinha. Gilberto, na miséria, encontra abrigo numa Igreja e, dalí, ele vai recomeçãr a vida, retornando aos estudos, cursando a Medicina e conhecendo a sua esposa nos corredores do hospital. Porém, a mulher o abandona e ele torna a beber até chegar o fim quando a reencontrar e lhe diz que a perdoa pelo que fez mas não a reconcilia. O filme termina com Gilberto, todo em roupas rotas, cantando O Ébrio. O filme é brilhante e não deixa de ser um marco da carreira de Gilda de Abreu.
Em 1949, a cantora, escritora, cineasta e atriz escreveu o roteiro e dirigiu o filme "Pinguinho de Gente" e, em 1951, escreveu o roteiro, dirigiu e interpretou o papel principal do filme "Coração Materno", título de outro grande sucesso de Vicente Celestino. Em 1950 compôs com Vicente Celestino e Ercole Varetto a opereta "A Patativa", êxito de Vicente Celestino ao interpretar a canção e ainda foi autora de "Olhos de Veludo" (música de Vicente Celestino). Autora de vários livros infantis e romances, publicou também "A Vida de Vicente Celestino". em São Paulo, no ano de 1946. Gilda de Abreu morreu em 04 de junho de 1979. Seus filmes se tornaram material obrigatorio de estudos, retratando os primórdios do cinema nacional. Vicente Celestino morreu em em 1968 e Gilda de Abreu desapareceu de cena após o falecimento do marido.

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terça-feira, 3 de março de 2009

RIBEIRA - 261

JEAN HARLOW
Pouca gente ainda hoje se lembra desse nome: Jean Harlow. E ainda poucos se recordam quem ela foi. Em Reckless, um musical produzido por David Selznick e dirigido por Victor Flemming (a dupla de ...E o Vento Levou) foi uma surpresa ao se ver Jean Harlow como uma boa moça. Lançado em 1935 pela MGM, traz um Mickey Rooney ainda criança, em uma única cena. Mas voltando à Harlow, que surgiu como a vamp que sacaneava tanto os caras que deixava, a ponto de quererem estrangulá-la, a estrela nesta produção aparece não dançando, porém flutuando, saltitando para um lado e para o outro, em especial na cena em que participa de uma festa na casa do marido, um playboy milionário, Bob Harrison, vivido por Franchot Tone.
A personagem de Harlow se chama Mona Leslie, uma dançarina da Broadway delicada e querida por todos, principalmente pelos seus dois admiradores - Ned (William Powell) e Bob (F.Tone). O personagem de Powell é o agente de Mona, e a corteja. Até o playboy Bob entrar em cena. Mona se apaixona por ele e os dois se casam. Daí em diante o filme passa de musical a drama. Harlow é humilhada pelo pai de Bob, que não aceita a união do filho com uma dançarina da Broadway e ao invés disso preferia que ele se casasse com Jo (Rosalind Russel).
O casal vai viver na mansão da família de Bob e as coisas se complicam até ele se embebedar na festa de casamento de Jo e maltratar Mona, já na presença de Ned. Completamente bêbado, infeliz com o casamento de sua antiga namorada, Bob se mata com um tiro em seu quarto. Incriminada pela imprensa como autora do crime, Mona recusa o dinheiro oferecido pelo pai de Bob. Outra cena ótima de Jean Harlow. A ex-atriz, agora com um filho, decide criar o menino longe da família do ex-marido e começa uma luta para voltar com sua carreira. Desprezada pelos produtores ela decide aceitar a ajuda de Ned, ainda apaixonado, e assim ele monta um show para ela.
A cena final é o ponto forte do filme. Jean Harlow sozinha no palco canta para uma audiencia que começa a vaiá-la e jogar coisas sobre ela. A atuação de Jean é tão cheia de emoção quando sua personagem, chorando tenta em vão terminar seu número. É angustiante vê-la tentar cantar debaixo de vaias e palmas maldosas. Ela então pára quando uma mulher levanta-se da cadeira e a chama de assassina. "Reckless" pode não ser grande como musical, mas como drama é estupendo e mostra ao público uma Jean Harlow diferente de "Mares da China". Então Mona, ferida pela reação do público, tem os seus olhos cheios de lágrimas. Ela termina a canção e é ovacionada pela platéia. Ao retornar canta "Reckless" encostada na lateral do palco. Um William Powell escondido atrás da enorme pilastra, se declara a ela entre suas falas e ela segura sua mão.Chega ao fim uma verdadeira ilusão de amor e o recomeço de uma nova paixão.
Jean Harlow foi a primeira vamp a virar heroina no cinema. Seu loiro platinado logo a marcou como um símbolo sexual dos anos 30, em um fenômeno semelhante ao de Marilyn Monroe. Harlow, porém, sempre personificou mulheres cruamente sexuais, fortes, vorazes. Jean Harlow nasceu Harlean Carpenter, em Kansas City, em 3 de março de 1911, um dia como hoje, há 98 anos, e entrou para o cinema em 1928, atuando por dois anos em papéis pequenos e passou a simbolo sexual platinada a partir de "Bombshell" (Mademoiselle Dinamite). Formou pares inesqueciveis com James Cagney e principalmente com Clark Gable. Após três rápidos casamentos, ela terminou sua carreira fulminante aos 26 anos ( 7 de junho de 1937), vítima de um edema cerebal em meio às filmagens de "Saratoga", com Clark Gable. Na sua filmografia, tem 36 filmes, inclusive "Reckless", rodado em 1935.

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segunda-feira, 2 de março de 2009

RIBEIRA - 260

ELIZABETH TAYLOR
Elizabeth Rosemond Taylor nasceu em Londres, no dia 27 de fevereiro de 1932. É uma atriz anglo-americana. Filha de pais estadunidenses, mudou-se para os Estados Unidos em 1939. Começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos dez anos. Contratada pela Universal Pictures, filmou There's One Bom Every Minute, mas não teve o contrato renovado. Assim como o amigo pessoal Mickey Rooney, revelou talento participando de filmes infanto-juvenis, como na estréia em 1943 num pequeno papel da série Lassie. A partir de então, apaixonou-se pela profissão e permanecer no estudio tornou-se o maior sonho. Evoluindo com atriz talentosa e respeitada pela crítica, nos anos 50 filmaria dramas, como Um Lugar ao Sol, com o ator Montgomery Clift, Assim Caminha a Humanidade, com Rock Hudson, ambos atores homossexuais e um dos quais se tornou grande amiga. Nessa década faria ainda A Última Vez que Ví Paris, ao lado de Van Johnson e Donna Reed. Apesar de não gostar do apelido Liz, como é mais conhecida, é reverenciada como uma das mulheres mais bonitas de todos os tempos, a marca registrada são os traços delicados e olhos de cor azul-violeta. emoldurados por sobrancelhas espessas de cor negra. Celebridade cercada por intenso glamour e diva eterna dos anos de ouro do cinema norte-americano, é uma compulsiva colecionadora de jóias.
Certa vez, o amigo, o mágico David Copperfield, convidou-a para uma das apresentações e fez sumir das mãos um dos anéis favoritos. Liz, simpaticamente, e aos gritos, divertiu a platéia manifestando um momento de desespero ao ver o anel sumir. Ficou famosa também pelos inúmeros casamentos (oito ao todo), sendo o mais rumoroso o com o ator inglês Richard Burton, notório pelo alcoolismo, com quem se casou duas vezes e fez duplas em vários filmes nos anos 60, como o antologico Cleópatra, o dramatico Quem tem medo de Virginia Woolf, em queela ganhou o segundo Oscar, Os Farsantes e A Megera Domada. Vencedora duas vezes do prêmio Oscar de melhor atriz, o primeiro em 1960 pelo papel de call-girl de Disque Butterfield 8. Nessa década, com o reconhecimento do prèmio máximo do cinema mundial, consagrou-se como a mais bem paga atriz do mundo. Em estado grave e internada num hospital americano desde 15 de julho de 2008, com pneumonia e insuficiencia cardíaca, no momento ela é mantida com aparelhos respiratórios e corre risco de morte. Liz, que sofre de diabetes, também já enfrentou uma cirurgia para retirar um tumor no cérebro em 1997.
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