terça-feira, 6 de janeiro de 2009

RIBEIRA - 225

JESUS CRISTO
O Cristianismo é uma religião monoteista baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo, que teria nascido por volta do ano 6 a.C., na cidade de Belém, na Judéia (Palestina) e tem, por livro sagrado, a Bíblia. História do Cristianismo trata dos mais de 2000 anos de história dessa religião. Segundo a religião judaica, o Messias, um descendente do Rei Davi, iria um dia aparecer e restaurar o Reino de Israel. Jesus Cristo, um judeu, começou a pregar uma nova doutrina e atrair seguidores, sendo aclamado como o Messias, mas não foi reconhecido como tal pela unanimidade dos seus concidadãos. Não teria sido o primeiro nem o último a afirmar-se como Messias. A religião judaica conhece uma longa lista de individuos que declararam ser o Messias, que chega mesmo até o século XX. Nanhum deles, todavia, provocou impácto histórico e cultural semelhante ao de Jesus Cristo. Ele, Jesus, foi rejeitado, tido por apóstata pelas autoridades judaicas. Cristo foi condenado por blasfêmia e executado pelos Romanos acusado de ser um líder rebelde. Seus seguidores enfrentaram dura oposição político-religiosa, tendo sido perseguidos e martirizados pelos líderes religiosos judeus e, mais tarde, pelo Estado Romano.
Com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, os apóstolos, principais testemunhas da sua vida, reúnem-se numa comunidade religiosa composta essencialmente por judeus e centrada na cidade de Jerusalém. Esta comunidade praticava a comunhão dos bens, celebrava a "partilha do pão" em memoria da última refeição tomada por Jesus e administrava o batismo aos novos convertidos. A partir de Jerusalém, os apóstolos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a nova religião aos que eram rejeitados pelo judaísmo oficial. Assim, Felipe prega aos Samaritanos, o eunuco da rainha da Etiópia é batizado, bem como o centurião romano, Cornélio. Em Antioquia, na Turquia, os discipulos abordam pela primeira vez os pagãos e passam a ser chamados de cristãos.
Paulo de Tarso não se contava entre os apóstolos originais. Ele era um zeloso judeu e persiguiu inicialmente os primeiros cristãos. No entanto, ele tornou-se depois um cristão e um dos seus maiores, senão o maior missionário (sem contar com o próprio Cristo). Boa parte do Novo Testamento foi escrito ou por ele ou por seus cooperadores. Paulo afirmou que Jesus era o Messias profetizado no Antigo Testamento e que a salvação já não dependia das leis descritas na Torá, mas da fé em Cristo. Entre 44 e 58 ele fez três grandes viagens missionárias que levaram a nova doutrina aos gentios e aos judeus da Ásia Menor e de vários pontos da Europa.
Nas primeiras comunidades cristãs a coabitação entre os cristãos oriundos do paganismo e os oriundos do judaísmo gerava por vezes conflitos. Na Assembléia de Jerusalém, em 48, decide-se que os cristãos ex-pagãos não serão sujeitos à circuncisão, mas para se sentarem à mesa com os cristãos de origem judaica devem abster-se de comer carne com sangue ou carne sacrificada aos ídolos. Consagra-se assim a primeira ruptura com o judaísmo. Os cristãos adotam as regras e os principios do Novo Testamento. Também o espírito missionário dos primeiros cristãos é desconhecido no judaísmo.. O Judaísmo é visto como uma religião baseada num código de conduta requerido aos seus praticantes, não tendo o propósito de converter a humanidade como o Cristianismo.
Em junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em setembro do mesmo ano a comunidade cristã de Jerusalém decide separar-se dos judeus insurretos, seguindo a advertencia dada por Jesus e que quando Jerusalém fosse cercada por exercitos a desolação dela estaria próxima. Esse representa o segundo momento de rutura com o judaismo. Após a derrota dos judeus em 70, com a destruição do Segundo Templo, há uma reunião de sobreviventes nas Planícies de Sharon. Esta conferencia produziu resultados importantes: a seita dos Fariseus ganhou importância, tendo conseguido influenciar a legislação que acabou por ser adotada.
A ascensão do imperador romano Constantino representou um ponto de viragem para o Cristianismo. Em 313, ele publica o Édito de Milão através do qual o Cristianismo é reconhecido como uma religião do Império e que concede a liberdade religiosa aos cristãos. A Igreja pode possuir bens e receber donativos e legados.. É também reconhecida a jurisdição dos Bispos. Constantino o descanço dominical, proíbe a feitiçaria e limita as manifestações do culto imperial. Ele também mandou construir em Roma uma Basílica no local onde o apóstolo Pedro estava supostamente sepultado e, influenciado por sua mãe, a imperatriz Helena, ordena a construção em Jerusalém da Basílica do Santo Sepulcro e da Igreja da Natividade em Belém.

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