domingo, 20 de dezembro de 2009

RIBEIRA - 410

- LILITH -
Lilith é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer do fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como o demônio. A imagem de Lilith, sob o nome de Lilitu, apareceu primeiramente representando uma cetegoria de espíritos do vendo na Suméria por volta de 3.000 anos antes da era cristã. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome Lilith por volta de 700 anos antes da era cristã. Ela é também associada a um demônio feminino (deusa) da noite na antiga Mesopotâmia. Talvez dada a sua longa associação à noite, surge sem quaisquer precedentes a denominação como coruja. Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada era identificada com os espíritos do mal. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas. A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que viam Lilith como um símbolo de algo negativo. As lendas vampíricas sugiram daí a exemplo de Lilith ter 100 filhos por dia - os bordeis onde as mulheres hoje ficam, são uma forma de Lilith -, súcubas quando mulheres e íncubus quando homens, os simplesmente lilims. Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano. (O esperma é sangue). Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das poluções noturnas. Mas uma vez possuido por um súcubos dificilmente um homem saía com vida.
Pensa-se que um relevo sumério represente Lilith; muitos acreditam também que há uma relação entre Lilith e Inanna, deusa suméria da guerra e do prazer sexual. Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate" - tão comum em bordeis, mulheres vestidas de vermelho -, um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.
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