quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

RIBEIRA - 213

REDINHA
Uma pesquisa feita pelo historiador Olavo de Medeiros Filho aponta que a praia da Redinha, antigamente era um sítio. Ali, morava ou, pelo menos era a dona, a viúva Grácia do Rego. Com o passar do tempo, ela doou o sitio a dona Joana de Freitas da Fonseca. No documento está dito que "receberam, por título de compra, da viúva Dona Gracia do Rego o sítio chamado de Redinha". Desse modo, leva-se a crer que o nome Redinha tenha origem no nome que era o sítio. Hoje, a Redinha, que já foi um distrito, é um bairro e dos mais nobres da capital. Com a construção da ponte Forte-Redinha, a praia perdeu o seu encanto de provincia, como mantinha nos idos de 1950, para ganhar um status de maior mercado que dá acesso aos núcleos habitacionais que se formaram na zona norte de Natal (Rn) a partir do ano de 1980. Hoje, já não se vê uma terra desprovida de encantos, porém, quem vai da Redinha para Extremoz, encontra um verdadeiro comércio onde está a av. João Medeiros que leva ao antigo distrito de Igapó e, dalí, cruzando a antiga ponte que tem no rio, entra para o oeste de Natal. Por tempos, a população da zona norte clama por independencia política. Os conjuntos que formam aquele bairro têm uma população de 300 mil habitantes, quase igual ao que tem Natal, onde moram 500 mil habitantes. Na zona norte já tem de tudo para se tornar independente. Mesmo assim, a Prefeitura de Natal prefere calar diante de tal hipótese. Tudo isso começou pela venda ou doação de um sítio que se chamava Redinha, há muitos anos passados. Em 1960, a Redinha era só uma praia quase que deserta. Seus moradores atravessavam o rio Potengí de barco ou de lancha para vir à Cidade vender o que produziam e comprar o que nescessitavam. Ninguém punha fé na praia, levada pelo vento do mar e onde os pescadores dormiam cedo. No entanto, o tempo foi passando. E a população foi crescendo, emendado a Redinha, pela beira do mar, com Genipabu, à 25 quilômetros de distância, ligado ao municipio de Extremoz. Hoje, já não se sabe o que é a Redinha ou Genipabu, ponto de lazer da gente que vem do sul passar o verão no nordeste. As duas praias estão emendadas por casas e conjuntos. Na praia de Genipabú, por incrivel que pareça, tem moradias que estão sendo oferecidas ao preço de 150 mil reais. E isto é apenas uma casa. E a Redinha segue o mesmo ritmo, longe do que foi, um dia, onde só existam mocambos de palha ficados na areia lambidos pela maré. Em se ir à Redinha, era um dia de lazer. Tapioca, peixe assado, jinga e zinebra ou mesmo um vinho mais forte, tal como o Vermute, a aquele que deixava o consumidor dormindo no chão, como a cachaça. Redinha da Praeira, tão bem cantada em versos como fez Othoniel Menezes: "Canção do pescador". "Praieia de meus amores, o encanto do meu olhar". Hoje, a Redinha é o progresso da zona norte de Natal.

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