terça-feira, 30 de dezembro de 2008

RIBEIRA - 219

OPUS DEI
A Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei ou simplesmente Opus Dei (Obra de Deus) é uma instituição hierárquica da Igreja Católica, uma prelazia pessoal, composta por leigos, na sua maior parte casados, e por uma pequena porcentágem de sacerdotes. Tem como finalidade participar da missão evangelizadora da Igreja. Concretamente, o Opus Dei procura difundir a vida cristã no mundo, no trabalho e na família, a chamada universal à santidade e o valor santificador do trabalho cotidiano. No dia 28 de novembro de 1982 o papa João Paulo II constituiu o Opus Dei em "prelatura pessoal". A prelatura segue uma via de conduta que passa pela santificação do trabalho cotidiano. Assim, todo e cada um, homem ou mulher, é chamado à santificação pelo trabalho que exerce cotidianamente, encontrando Deus nas coisas ordinárias da Terra.
O Opus Dei foi fundado por José-Maria Escrivá de Balaguer em 2 de outubro de 1928 em Madri, Espanha. "A Obra de Deus não foi imaginada por um homem", escreveu o Monsenhor Jose-Maria. "Há muitos anos que o Senhor a inspirava a um instrumento inepto e surdo, que a viu pela primeira vez no dia dos Santos Anjos da Guarda, no dia 2 de outubro de 1928". Em 14 de Fevereiro de 1930, o fundador compreendeu que a instituição também deveria desenvolver o apostolado entre as mulheres, e posteriormente para receber e atender ao clero da Prelazia foi fundada, em 14 de Fevereiro de 1943, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, uma associação de clérigos intrinsicamente unida ao Opus Dei.
Segundo a Constituição Apostólica Ut Sit, o Governo central da Prelazia tem sede em Roma, ficando erigido, como Igreja prelatícia o oratório de Santa Maria da Paz, que se encontra na sede central da Prelazia e onde se encontra o Prelado. À época do falecimento do fundador, em 26 de Junho de 1975, a prelatura já se estendia pelos cinco continentes, contando com mais de sessenta mil membros de 88 nacionalidades. O fundador foi sucedido no governo da prelazia pel Bispo Dom Álvaro del Portillo e, após o falecimento inesperado em 23 de março de 1994, por Mons. Javier Echevarria Rodriguez, atual prelado nomeado pelo Papa em 20 de abril de 1994 e sagrado Bispo por João Paulo II no dia 6 de janeiro de 1995 na Basílica de São Pedro.
Nos primeiros anos do cristianimo a utilização de tecidos grosseiros, como meio de mortificação física e para ajudar a resistir às tentações da carne se tornou muito comum. Não somente os ascetas e aqueles que aspiravam uma vida de perfeição cristã, mas mesmo entre os leigos ordinários que viviam no meio do mundo dele se serviam como de um antídoto discreto contra a ostentação exterior e o conforto nas suas vidas. Moderadamente, o cilício tem sido substituido por instrumentos mais discretos que produzem efeito corporal similar.. Muitos santos usaram o cilício como forma de penitência, mortificação ou sacrificio voluntário. O Papa Paulo VI, Madre Tereza de Calcutá e a irmã Lucia de Fátima praticaram a mortificação corporal dentre muitos outros religiosos e leigos. A mortificação corporal, que é praticada com moderação e senso comum, pertence ao patrimônio espiritual da Igreja e é entendida como um sacrificio mental ou fisico aos olhos de Deus. A "unidade da vida" é outro alicerce nos ensinamentos do Opus Dei. De acordo com a sua mensagem, um cristão não deve procurar Deus apenas na Igreja, mas também nas menores atividades ou ocupações de sua vida. Deixar de ser cristão quando se sai do templo, como quem tira um chapéu ao entrar num restaurante, é "ter vida dupla".

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