quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

RIBEIRA - 214

NOSSOS IRMÃOS
Em tempos remotos de quase 12 mil anos, chegaram por aqui os primeiros povos que se chama hoje de "indios". As pesquisas são as mais diversas. Uma delas enfoca que os indios chegaram à Natal e fundaram suas aldeias. Eles viviam da caça e da pesca, isso há 12 mil anos.Povoaram todo o Estado entre lutas e guerras das tribos diversas. Nesse tempo, não havia "homem branco" por esses lados. Os índos custaram a ver esse tal homem branco aparecer por essas bandas. Eles eram os primitivos habitantes desse mundo. Diversos estudos arqueológicos foram feitos aqui, no Rio Grande do Norte, fornecendo importantes subsídios para a nossa pré-história. A pesquisa encontrou vestígios de diversas culturas pré-históricas, sendo a mais antiga do sítio "Mangueira", em Macaíba.
Quando os portugueses chegaram por esses lados, em 1597, encontraram uma taba que se chamava "Água que Invade", na tradução para o português, Aldeia Velha ou mesmo Igapó. Por aqui já andavam franceses no tráfico de pau-brasil. Eles entraram em um acordo pacifico com os indios, permitindo que eles deixassem os franceses embarcar o pau-brasil em troca de bugigangas, como espelhos, marrafas, pentes entre outros adereços de pouca valia, porém, bastante curiosos para os sivicolas. Por anos e anos os franceses faziam esse tipo de contrabando, chegando até a levar em uma náu indios da terra potiguar para conhecer a França. Por esses lados tinham indios que falavam muito bem o francês e indias que arranjavam um marido do além-mar. Isso tudo era um território indígena. Os indios negociaram com os franceses extensa mata de pau-brasil existente na parte norte do rio Potengi, no local onde tempos depois os portugueses montaram a Estação da Coroa, confrontando com o cais que , posteriormente se chamou Tavares de Lira. Essa é uma parte da história bem mais rescente. No tempo primitivo, onde os indios não tinham e nem sabiam ler e escrever, as pesquisas feitas pelos estudiosos só encontraram desenhos, pinturas, feitas em cavernas ou achados de partes de caco de utensilios que eles usavam. Os indios sempre se impressionaram com enfeites que ornavam o seu corpo. As tribus mais crueis, quando entravam em luta com os seus adversários, tinham o costume de comer partes dos corpos do indios valentes, seus inimigos, que haviam sido abatidos na luta. Partes dos enfeites dos indios trucidados eram tirados como "sobra de guerra".
É fato que a "guerra" surgida entre as tribus, era uma consequencia da fome por que passava aquele grupo invasor. Eles, os invasores, vindos de plagas remotas, procuravam tirar o proveito do que os seus "inimigos" estavam a desfrutar. Então, era a "guerra" por um punhado de peixe que eles sabiam que estava dando aqui. Se vencessem, eles sairiam vitoriosos. Caso contrario, fugiriam. Em Natal , Rn, não havia ainda a cidade até os portugues chegarem por esses lados. Mesmo assim, no largo da Matriz Velha, havia choças de indios. Dali, eles partiam para a margem do rio Potengi, onde pescavam peixes. Ou então, enveredavam pela mata em busca de aves ou de animais silvestres. Era assim que os nossos irmãos viviam.

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