terça-feira, 11 de novembro de 2008

RIBEIRA - 181

GUINÉ-BISSAU
A Guiné-Bissau foi em tempos o reino de Gabu, parte do Império do Mali, e partes do reino sobreviveram até o século XVIII. Os rios da Guiné e as ilhas de Cabo Verde estiveram dentre as primeiras regiões da África a serem exploradas pelos portugueses. O navegador português Álvaro Fernandes chegou à Guiné em 1446 e reclamou a posse do território, porém, poucas feitorias de comércio foram estabelecidas antes de 1600. A ocupação do território pela Coroa portuguesa só se deu a partir de 1558 com a fundação da vila de Cacheu. E foi criada em 1630 a Capitania Geral da Guiné Portuguesa para a administração do território. A vila de Bissau foi fundada em 1697, como fortificação militar e entreposto de tráfico negreiro. Embora os rios e as costas desta área estivessem entre os primeiros locais colonizados pelos portugueses e aí tenham iniciado o tráfico de escravos com a instalação de feitorias no século XXVII, não exploraram o interior até ao século XIX. Durante três séculos constituiu a colônia da Guiné Portuguesa. Uma rebelião iniciou-se em 1956, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, fundada pelo intelectual cabo-verdiano Amilcar Cabral, que estava no exilio em Conacri, a maior cidade da Guiné. A guerrilha do Partido Africano consolidou o seu domínio do território em 1973, mas, no mesmo ano, Amilcar Cabral foi assassinado em Conacri. A independência chegou com a Revolução dos Cravos, golpe de estado militar que derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926. A 10 de setembro de 1974, Guiné-Bissau foi a primeira colônia portuguesa na África a ter reconhecida sua independencia. O irmão de Amilcar Cabral, Luis da Almeida Cabral, foi empossado como primeiro presidente da República do Guiné-Bissau.

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