sexta-feira, 21 de novembro de 2008

RIBEIRA - 194

MARILYN MONROE
Uma brilhante idéia! E mais: uma tenaz iniciativa que vale o que o preço vale. A partir de hoje, a Google está mostrando o acervo cultural e fotográfico de uma das mais importantes publicações dos Estados Unidos. A revista Life e que encerrou suas atividades no ano passado, 2007. A revista tem dez milhões de imagens, a maioria inédita, que serão vistas pelo público. São fotos inéditas, das quais 20 por cento já estão no ar. Para se conhecer essa tão nobre e inusitada raridade, basta digitar: images,google.com/hosted/life. A revista foi criada em 1883 e depois vendida em 1936 ao editor Henry Luce, que deu ênfase ao caráter fotográfico, publicando em suas páginas ilustradas verdadeiras obras de arte de fotográfos como Robert Capa e Alfred Eisenstaedt. Mesmo depois de virar uma instituição, a revista enfrentou dificuldades no inicio dos anos 70, deixando de ser semanal. Passou por várias reestrurações, até fechar em 2007. De 1880 até o fim do século 20, o acervo do veículo documenta desde a depressão econômica dos anos 20 até a missão espacial Apollo. A revista foi fundada por John Ames Mitchell em 4 de janeiro de 1883 e editada semanalmente. Seus mais célebres motívos eram os cartoons, série pin-up, textos humoristicos e pelas criticas de teatro e de cinema. A revista Life (Vida) foi a primeira cheia de fotos relacionadas com as notícias e dominou o mercado por 124 anos. A revista vendeu mais de 13.5 milhõesde exemplares por semana e era tão popular que o presidente Harry Truman, Winston Churchill e o general Douglas MacArthur publicaram suas memórias em suas páginas. Life era um grande sucesso para todas essas gerações até que em 20 de abril de 2007 saiu a sua ultima edição ficando apenas os direitos de mostrar na Internet.
Toda semana, durante a Segunda Guerra Mundial, a revista levou a guerra para os americanos, com a ilustração de fotógrafos espalhados em todas as áreas do terrivel conflito, desde o Pacífico à Europa. Na década de 50, Life ganhou grande quantidade de respeito à obra de ilustres autores. Assim é que publicou "O VELHO E O MAR", de Ernest Hemingway. No ano de 1953, apenas algumas semanas antes de deixar o gabinete, o presidente Harry Truman anunciou de a revista Life teria todos os direitos por publicar as suas memórias
Dorothy Dandridge foi a primeira atriz africana a aparecerna capa da revista em novembro de 1954. A atriz, que conseguiu a cidadania americana, teve seu nome indicado para o Oscar. Ela estava no elenco de Carmen Jones, filme do Otto Preminger, baseado na ópera Carmem, de Georges Bizet. Com suas idas e vindas, Life continuava com o seu prestigio frente ao público americano e de outros países. Aqui, no Brasil, Life foi um êxito. Em tempos de 1955, Life publicou uma foto de dupla página mostrando Moisés abrindo o Mar Vermelho, num empolgante desepenho do ator Charlton Heston, de braços abertos, segurando as Táboas da Lei, em "Os Dez Mandamentos". Em outra edição, a revista trazia a foto de Lyz Taylor, em "Cleópatrar". Em seu tamanho alongado, de uma página cheia, Life chegava ao endereço do seu assinante, todas as semanas, no tempo de 1950 em diante. O seu triste fim, é uma amargura para quem gostava de ver os artigos, as fotos e tudo que a Life trazia para os seus leitores. Que longe vai a década de 60, com as atrizes colorindo a primeira página de Life, pois a Vida, apesar dos desacertos, ainda vai continuar.

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