domingo, 16 de novembro de 2008

RIBEIRA - 188

BRASIL REPÚBLICA

A Proclamação da República do Brasil é um evento, na História de Brasil, que instaurou o regime republicano no país, derrubando a Monarquia. Ocorreu a 15 de Novembro de 1889 no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação (hoje Praça da República), quando um grupo de militares do Exercito brasileiro, liderados pelo comandante marechal Deodoro da Fonseca (Manoel Deodoro da Fonseca) deu um golpe de estado e depôs o Imperador D.Pedro II. Institui-se então a República, sendo nessa data que o jurista Rui Barbosa assinou o primeiro decreto do novo regime, instituindo um governo provisório. Faziam parte do governo provisório, organizado na noite de 15 de Novembro, o Marechal Deodoro da Fonseca como presidente e, como ministros, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales entre outros.
Vários foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Da parte do grupo conservadores: sérios atritos com a Igreja Católica, na questão religiosa; o abandono do apoio político dos grandes fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, ocorrida em 1888. Da parte dos grupos progressistas: a manutenção, até muito tarde,, da escravidão negra no país; a ausência de iniciativas com vistas ao desenvolvimento do país; a manutenção de um regime político de castas e censitário: a ausência de um sistema de ensino universal; os altos índices de analfabetismo e miséria; o afastamento do Brasil em relação a todos demais países do continente americano, em virtude da inconpatibilidade entre os regimes.
Assim, ao mesmo tempo que a legitimidade imperial decaía, a proposta republicana, com seu progresso social, ganhava espaço. Entretanto, é importante notar que a legitimidade do Imperador era distinta da do regime imperial; enquanto, por um lado, a população, de modo geral, respeitava e gostava de D.Pedro II, por outro lado tinha cada vez em menor conta o próprio Império. Nesse sentido, era voz corrente na época que não haveria um "III Império", ou seja, a monarquia não continuaria após o falecimento de D. Pedro II.
No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram com o marechal Deodoro da Fonseca, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistencia dos revolucionários, Deodoro concordou em liderar o movimento.
O golpe militar, que estava previsto para 20 de Novembro de 1889, teve que ser antecipado. No dia 14, divulgou-se a notícia de que era iminente a prisão de Benjamin Constant e Deodoro da Fonseca.. Por isso, na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento que pôs fim ao regime imperial. Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Ministério e prenderam o seu presidente, Afonso Figueiredo, Visconde de Ouro Preto. Na tarde do mesmo dia 15 foi solenemente proclamada a República. D.Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio. Pensando que o objetivo dos revolucionãrios era apenas substituir o Ministerio, o imperador tentou ainda organizar outro, sob a presidencia do conselheiro Antônio Saraiva.. No dia seguinte, o major Frederico Sampaio entregou a D. Pedro II uma comunicação , cientifficando-o da proclamação do novo regime e solicitando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas.

Nenhum comentário: