sexta-feira, 14 de novembro de 2008

RIBEIRA - 183

RACHEL
A polícia trabalha com a hipótese de que o assassino da menina Rachel Genofre, 9 anos, encontrada morta na rodoviária de Curitiba (Pr), conheceu a estudante na Biblioteca Publica do Paraná, localizada na região central de Curitiba. Na manhã desta quinta-feira (13), uma equipe do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas fez uma vistoria na Biblioteca, o que causou tumulto e gerou o rumor de que um suspeito estaria lá, mas nada foi confirmado oficialmente pela polícia. Uma fonte que participa das investigações afirma que Rachel frequentava a Biblioteca constantemente sem supervisão, mas o prédio não tem cameras de vigilância, o que pode dificultar as investigações. Em média, 3.500 pessoas entram diariamente na instituição, que tem aproximadamente 6.500 metros de área construida. Segundo a Polícia, a vistoria na Biblioteca tem como objetivo refazer o cotidiano da criança em busca de indícios que apontem para o culpado pelo assassinato. "Estamos conversando com muitas pessoas e refazendo o dia-a-dia da Rachel em busca de indícios que apontem para a autoria do crime", explicou o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais, Miguel Stadler. As investigações sobre o caso Rachel na Biblioteca estão sendo mantidas em segredo. O próprio pai da criança foi impedido de ter acesso a uma redação, que está em poder da Biblioteca, de autoria da filha. A Biblioteca alegou que aguardaria instruções jurídicas, pois a mãe poderia ter o direito sobre a folha com a redação de Rachel. No dia em que Rachel desapareceu, 3 de novembro, ela ganhou o primeiro prêmio do Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Publica do Parañá. Em 2007, ela ganhou o terceiro lugar no mesmo concurso.A ouvidoria da Biblioteca Pública diz ter recebido órdens expressas da Secretaria Estadual de Segurança Publica para não se manifestar sobre o caso. O órgão não quis responder se Rachel tinha ficha na instituição e a frequencia da retirada de livros. Nenhum membro do Sicride (Serviço de Investigação) quis esclarecer o que foi investigado na Biblioteca.Um funcionário que trabalha na Biblioteca, e que não será identificado porque foi proibido de falar com a imprensa, afirmou que a menina era uma frequentadora da instituição, quase sempre desacompanhada de adultos. O funcionário reconhece que as câmeras ajudariam a tirar dúvidas sobre a hipótese de Rachel ter conhecido seu algoz na própria Biblioteca. De acordo com a assessoria da Sesp, policiais também vistoriaram o Instituto de Educação, colégio onde Rachel cursava a 4ª série, e o comércio perto da casa onde morava. Não há descrição de mais detalhes.

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