quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

RIBEIRA - 202

SUSAN HAYWARD
De todos os filmes que eu vi com Susan Hayward, o mais encantador que fez foi, sem duvidas, "Quero Viver", um drama inspirado em fatos reais, contando história de Barbara Graham, presa por um crime que não cometeu e que findou na câmara de gás. O filme, de 1958, dirigido por Robert Wise, foi feito em preto-e-branco. Para se ter uma idéia de quem foi a estrela é bom lembrar que Susan Hayward nasceu em 30 de junho de 1917, em Brooklyn, New York, USA. Teve o nome de batismo como sendo Edythe Marrenner. Ela era filha de Walter Marrenner e de Ellen Pearson, respectivamente descendentes de irlandeses e suecos. Susan cresceu pobre à sombra de sua irmã mais velha, Florence, que era a favorita de sua mãe. Estudou em escola pública no Brooklyn, graduando-se num curso comercial.
A primeira vez em que ela se viu interessada em se tornar atriz, foi quando participou de uma peça na escola elementar. Na época, tinha apenas 10 anos. Uma de suas professoras, Eleanor O'Grady, foi quem a convenceu a participar da peça, por acreditar que ela tinha um enorme talento a ser desenvolvido. Aos 15 anos, apareceu como uma mulher de 28 anos numa produção do Brooklyn Masonic Lodge.
Em junho de 1935, Edythe conseguiu um emprego numa fábrica de lenços, em Manhattan. Em agosto do mesmo ano, começou a fazer testes para a Broadway. No ano seguinte, com a poupança que conseguira amealhar, deixou a fábrica e se inscreveu na Feagin School of Dramatic Arts, no Rockefeller Center. Pouco tempo depois, tornou-se modelo. Em 1937, o Saturday Evening Post resolveu fazer uma matéria sobre a Agência para a qual ela trabalhava, na qual foram incluidas várias fotografias suas. Uma semana depois, Edythe recebeu um telefonema de Kay Brown, caçadora de talentos para o produtor David O. Selznick, que estava a procura de uma atriz para o papel de Scarlett O'Hara, do filme "E o Vento Levou". Ela participou dos testes, mas perdeu o papel para Vivien Leigh. Entretanto, ainda em 1937 e 1938, conseguiu pequenos papéis em alguns filmes de menor importância. A essa altura, por decisão de um diretor de elenco, seu nome artístico passou a ser Susan Hayward.
Em 1939, após passar num teste, Susan foi contratada por sete anos pelos Estúdios da Paramount, com um salário de US$ 300 por semana. Quando o diretor William Wellman viu o seu teste, tomou imediatamente a decisão de colocá-la no elenco de "Beau Geste".
Ao longo de sua vitoriosa carreira, Susan Hayward foi agraciada com o Oscar de Melhor Atriz por sua magnifica atuação em "Quero Viver", de 1958. Anteriormente, ela já havia recebido quatro outras indicações: por seu trabalho em "Desespero", de 1947, perdendo a estatueta para Loretta Young por sua atuação em "Ambiciosa": por "Meu Maior Amor", de 1949, perdendo para Olívia de Havilland por seu trabalho em "Tarde Demais"; por "Meu Coração Canta", de 1952, perdendo para Shirley Booth por sua atuação em "A Cruz da Minha Vida"; e por"Eu Chorarei Amanhã", de 1955, perdendo a premiação para Anna Magnani, por seu trabalho em "Rosa Tatuada".
Susan Hayward casou-se duas vezes: a primeira com Jess Baker, em julho de 1944, de quem se divorciou em agosto de 1954; a segunda, com Floyd Eaton Chalkley, em fevereiro de 1957, com quem permaneceu até a morte dele em janeiro de 1966. Acometida de câncer, acredita-se que a doença teve como origem a perigosa exposição a toxinas radioativas quando das locações do filme "Marcados pela Vingança", em 1972, em Utah, Susan Hayward morreu em 14 de março de 1975. em Hollywood, Califórnia, USA, de câncer no cérebro. Essa hipótese, que se tornou um escândalo, é apoiada pelo fato de outros participantes desse filme terem contraído a mesma doença, tais como John Wayne, Agnes Moorehead, John Hoyt, o diretor Dick Powell, entre outros.

Um comentário:

Moacy Cirne disse...

Alderico! Quanto tempo... Parabéns pelo blogue. Não deixe de visitar, se possível, os blogues de Sobreira (luzesdacidade.blogspot.com) e Bené (oapanhadordesonhos.blogspot.com). Um abraço. E felicidades.