segunda-feira, 7 de setembro de 2009

RIBEIRA - 397

- INDEPENDÊNCIA DO BRASIL -
Denomina-se Independência do Brasil o processo que culminou com a emancipação política desse país do reino de Portugal, no início do século XIX. Oficialmente, a data comemorada é a do 7 de Setembro de 1822, quando ocorreu o episódio do chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a história oficial, nesta data, às margens do riacho Ipiranga - atual Cidade de São Paulo -, o Príncipe Regente D. Pedro bradou perante a sua comitiva: Independência ou Morte!. Determinados aspectos dessa versão, no entanto, são contestados por alguns historiadores. A moderna historiografia em História do Brasil remete o início do processo de independência á Transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), no contexto da Guerra Peninsular, a partir de 1808.
A partir de 15 de julho de 1799, o Príncipe do Brasil, D. João, tornou-se Príncipe Regente de Portugal. Os acontecimentos na Europa, onde Napoleão Bonaparte se afirmava, sucederam-se com velocidade crescente. Desde 1801 que se considerava a idéia da transferência da Corte Portuguesa para o Brasil. As facções no governo português, entretanto, se dividiam: a facção anglófila e a facção francófila. Ambas eram apoiadas pelas Lojas Maçônicas quer de orígem inglesa, quer de orígem francesas. Considere-se ainda que as idéias iluministas francesas circulavam clandestinamente em livros, cada vez mais abundantes. Com a invasão francesa de Portugal em progresso, a 29 de Novembro iniciou-se a viagem da Família Real e da Corte Portuguêsa para o Brasil. Dezoito navios de guerra portugueses e trezes ingleses escoltaram mais de vinte e cinco navios mercantes de Lisboa até à costa do Brasil. A bordo seguiam mais de quinze mil portugueses. O Reino ficava a ser governado por uma Junta de Regência. Com a presença da Família Real Portuguesa no Brasil a partir de 1808, registrou-se o que alguns historiadores brasileiros denominam de "inversão metropolitana", ou seja, o aparelho de Estado Português passou a operar a partir do Brasil, que desse modo deixou de ser uma "colônia" e assumiu efetivamente as funções de metrópole.
O passo seguinte, que conduziu à independência do Brasil, ocorreu com a eclosão da Revolução liberal do Porto, em 24 de agosto de 1820, que impôs o regresso de D. João VI a seu país, visando forçar o retorno do chamado Pacto Colonial. A notícia do movimento chegou ao Rio de Janeiro em 12 de outubro, causando intensa comoção. A situação do Brasil permaneceu indefinida durante o ano de 1821. No final de agosto de 1822, D. Pedro deslocou-se à província de São Paulo para acalmar a situação depois de uma rebelião contra José Bonifácio, nomeado por D. Pedro Ministro do Reino. Em 7 de Setembro, ao voltar de Santos, parado às margens do riacho Ipiranga, D, Pedro recebeu uma carta com ordens de seu pai para que voltasse para Portugal. Vieram juntas outras duas cartas, uma de José Bonifãcio, que aconselhava D. Pedro a romper com Portugal, e a outra da esposa, Maria Leopoldina, apoiando a decisão do ministro e advertindo: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece". Impelido pelas circunstâncias, D. Pedro pronunciou a famosa frase "Independência ou Morte", rompendo os laços de união política com Portugal.. Culminando o longo processo da emancipação, a 12 de outubro de 1822, o Principe foi aclamado Imperador com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro na Capital.
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