segunda-feira, 28 de setembro de 2009

RIBEIRA - 419

- GOVERNO FECHA A GLOBO -
O governo golpista de Honduras fechou, nesta segunda-feira, 28, a emissora de rádio Globo de Tegucigalpa, que seria um dos últimos meios de oposição ao regime que funcionava no país, segundo a AFP, e a emissora de TV "36". No domingo, por decreto, o governo suspendeu durante 45 dias as garantias constitucionais. A medida restringe as liberdades de circulação e expressão, e proíbe as reuniões públicas, entre outras medidas. Cerca de 20 pessoas das forças de segurança tomaram o edíficio da emissora por volta das 5h30 e tiraram o sinal do ar. Eles não encontraram resistência, disse à AFP o jornalista Carlos Paz, que trabalha na emissora. Paz disse que ainda não conseguiu localizar o diretor da rádio, o também jornalista David Romero. A rádio Globo já tinha sido fechada pelo regime nos primeiros dias após o golpe de Estado que derrubou o presidente constitucional Manuel Zelaya, em 28 de junho. A emissora de televisão "36", que também se colocou em oposiçao a Micheletti, se encontrava desde a manhã de sexta feira cercada por militares e o sinal estava fora do ar. A Organização dos Estados Americanos (OEA) fez uma convocação urgente hoje ao Conselho Extraordinário para analisar a situação em Honduras depois de o governo golpista negar a entrada de uma missão do organismo ao país no domingo. A OEA entende que a situação se agravou a partir do retorno do presidente deposto Manuel Zelaya a Tegucigalpa, na semana passada, desde então refugiado na Embaixada do Brasil. Roberto Micheletti impediu a entrada no país de tres funcionários da OEA e mais dois da Embaixada da Espanha. Micheletti justificou a medida afirmando que este não era o momento oportuno. Ao mesmo tempo, o governo golpista sustentou que a Embaixada do Brasil perderá o status diplomático em 10 dias se não definir a situação do presidente deposto, Miguel Zelaya, que na segunda-feira passada retornou ao país se estabeleceu na embaixada brasileira. No início da noite do domingo, o secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, condenou a decisão das autoridades hondurenhas de impedir a entrada da comitiva da OEA, cula missão era preparar a visita de vários chanceleres e do próprio Insulza ao país.

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