domingo, 15 de junho de 2008

RIBEIRA - XVII


Antes da deflagração da II Guerra Mundial, Natal já era sondada como a cidade mais próxima do Continente da África e dos Paises da Europa. É tanto que no Governo Juvenal Lamartine, no ano de 1930, foi aprovado um acordo entre Natal e uma empresa alemã para a construção de uma base próxima ao rio Potengi, conhecida por Praia da Limpa (Montágem). Então, no mesmo ano a empresa alemã iniciou o plano para instalar a Base onde os aviadores pernoitavam no local. No ano de 1930, o mesmo ano, chegou a Natal o hidroavião Guanabara e, a partir desse ano começo a implantação da Base de Hidroaviões no Rio Potengi. A partir de fevereiro a empresa Filgueira & Cia tinha em mãos o acerto final permitindo o voou regular entre a Europa e o Brasil, passando por Natal, dos aparelhos da sua representada firma alemã, a Condor-Lufthansa.

Os vôos traziam passageiros e cargas da Espanha, Gâmbia, Ilhas Canárias, e Frankfurt, na Alemanha. Ne Natal, os aparelhos rumavam para o Riode Janeiro e Buenos Ayres, na Argentina. O tráfego proseguiu até o ano de 1939, com um transporte confortável, silencioso e o mais caro do mundo. Cada aparelho vinha com 28 passageiros além da tripulação. Natal se destacou como a capital brasileira de maior tráfego aéreo daquele tempo. Os passageiros dos aviões da Alemanha aproveitavam a sua estadia em Natal para aproveitar do banho de mar nas praias limpas e quentes do nosso litoral. Era o começo de que a cidade era por demais um ponto turístico, com seguiu após esse tempo, a partir do ano de 1980. Na Base da Montagem ficavam hospedados os tripulantes de aparelhos franceses, italianose dos próprios alemães sempre alojados na sua Base do Campo da Limpa. Até esse tempo, Natal não dispunha ainda de um hotel de alta eficiencia capaz de dar guarida aos seus visitantes. Alguns desses passageiros costumavam ir até a rua 15 de Novembro, já despontando como uma atração para quem tivesse a intenção de pernoitar com mulheres de vida livre.

Somente com a II Guerra Mundial, Natal passou por mudanças quando da construção do aeroporto de Parnamirim, quando chegaram os soldados norte-americanos. Nesse tempo, Natal já contava com o seu primeiro hotel de grande classe - o Grande Hotel - e assim podia receber até mesmo Rei, diplomata e homens da mais elevada importância.Natal era configurada como a cidade mais próxima da África e, por isso mesmo, o trânsito pela cidade era enorme, principalmente dos soldados americanos, mudando o hábito de homem nativo. Natal foi a primeira cidade do Brasil a conhecer o chiclete. Depois da Guerra, Natal continuou a exportar produtos para o Primeiro Mundo, inclusive a xelita, tungstênio, algodão, cera de carnauba, sal e até recentemente o petróleo, onde se produz em terra a maior quantidade do produto. Em décadas recentes Natal se tornou a melhor e mais rica estação do turismo.

Com certeza, a sua posição privilegiada com a África e a Europa lhe deram esse meio de recurso como um centro de atração entre o velho e o novo continente. Com o passar do tempo a cidade perdeu o seu encanto da velha Ribeira, deixando alí apenas a recordação. Mesmo assim, alguma coisa sobrou para nao se esquecer totalmente o barro: O Teatro Alberto Mãranhão, outras casas de espetáculos, uma Casa Bancária, uma estação de Radio,um jornal e outrs coisas que perduram com o tempo para se lembrar de que a Ribeira foi e é o primeiro bairro de Natal. A Cidade Alta era um bairro de residências onde tudo que havia de majestoso era o morro do Tirol que protegia aquele bairro.

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