segunda-feira, 13 de julho de 2009

RIBEIRA - 337

NÃO SE PODE VIVER SEM AMOR
Diretor de "Proibido Proibir" (2006) e "A Cor do Seu Destino" (1986), o chileno radicado no Brasil. Jorge Durán, está finalizando o filme "Não se Pode Viver Sem Amor". Conhecido por seus roteiros como "Lúcio Flávio" (1977), "Pixote", (1981) e "O Beijo da Mulher-Aranha", 1984), todos de Hector Babenco, Jorge Durán se prepara para lançar seu terceiro trabalho na direção, "Não se Pode Viver Sem Amor". O filme, em fase de montagem, não é um projeto recente. O argumento foi escrito em 1999 e ganhou um prêmio do Ministério da Cultura. Quase dez anos, vários roteiros e uma longa dirigido depois, Durán pode retomar o projeto, que inicialmente se chamava "Á Sombra do Edificio". Jorge Durán declarou ter contado com a colaboração de Dani Patarra (roteirista de "Batismo de Sangue") para transformar esse argumento num roteiro. Foram vários tratamentos, até chegar num ponto que ele considerava maduro para filmar. O cineasta tem 67 anos e está há quase 36 do Brasil.
Com um elenco que inclui jovens talentos, como Cauã Reymond (Divã), Simone Spoladore (O Primo Basílio) e Fabiula Nascimento ("Estômago"), e veteranos como Rogério Fróes ("Vestido de Noiva"), o filme "Não se Pode Viver sem Amor" narra algumas horas na vida de um grupo de pessoas, pouco antes de uma ceia de Natal. "É um filme sobre pessoas e sentimentos à flor da pele. Ficamos mais sensíveis no final do ano, quando fazemos um balanço de nossas vidas. É quando afloram conflitos, a solidão fica mais evidente", descreve Durán.
Pela primeira vez, Durán fez um filme em digital. No começo, admite que estava receoso. "Fiz as contas e, para fazer em película, sairia muito mais caro. Eu tinha medo de filmar em digital porque o resultado final nem sempre corresponde ao esperado. Mas foi um aprendizado e uma surpresa. Gostei muito e agora só pretendo trabalhar com essa tecnologia", empolga-se. Embora não haja finalizado "Não se Pode Viver sem Amor", ainda sem distribuidora nem data de lançamento definidas, Durán já tem uma idéia para seu próximo filme, novamente como diretor. Pretende contar uma história que se passa no deserto do Atacama, no Chile, região onde mora sua filha. "Será sobre um brasileiro fora de seu contexto. Ele tem a vocação para a literatura, mas é um mecânico. Longe de casa, terá muitas experiencias de vida", antecipa Jorge Durán.
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