sábado, 25 de julho de 2009

RIBEIRA - 346

A GAROTA DE MÔNACO
Entre as várias lições que o cinema francês vem ensinando há algumas boas décadas, duas se sobressaem em especial: (1) menos é mais e (2) boas interpretações são fundamentais. A Garota de Mônaco leva bastante a sério estas premissas. Com simplicidade narrativa, e evitando qualquer tipo de penduricalho cinematográfico, o filme narra de forma clean e linear o fascinante encontro entre três intigrantes personagens: o advogado Bertrand, seu guarda-costas Christophe e a apresentadora de TV Audrey.
Eles se conhecem no belíssimo Principado de Mônaco, o que por sí só já é um pretexto para algumas tomadas de encher os olhos. Por imposição de um cliente, Bertrand, um homem de sentimentos travados, é obrigado a aceitar os serviços do segurança particular Christophe. Este, por sua vez, é a própria encarnação do profissionalismo. Entre ambos surge Audrey, garota que transita com enorme desenvoltura entre a sensualidade, a ingenuidade e a mais pura vulgaridade. São três mundos em conflito. Três personagens que - de tão diferentes entre sí - acabam se aproximando de maneira inexorável, onde aflorarão diversos tipos de sentimentos contraditórios.
A Garota de Mônaco tem o mérito de saber prender a atenção do público com a força de sua história e a sobriedade de sua narrativa. Tudo bastante simples e direto - e não por isso menos empolgante. Pelo contrário. Principalmente quando se contacom esta trinca impecável de atores, que resultou em duas indicações ao César 2009. Ator Coadjuvante (Roschdy Zem), e Atriz Revelação (Louise Bourgoin).

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