sexta-feira, 9 de abril de 2010

LUZ DO SOL - 80

- FRANCISCA -
- CONTO -
Eram três horas da tarde de uma sexta-feira e Francisca estava na cozinha da casa onde ela trabalhava como empregada doméstica. De longe se ouvia a moça a cantar uma suave canção cheia de ternura e encanto como se embalasse na rede uma criancinha, talvez sua filha, talvez sua sobrinha. Era uma canção profundamente triste como quando se houve à noite a mãe cantar para o seu filho dormir. A ouvir tal canção Dino que estava do outro lado da rua, uma via sem calçamento, com arbustos no seu meio, pé de mato como carrapateira e outros mais iguais a um plantio de capim. A voz languescida da mulher mais parecia um lamento triste de alguém partindo para bem distante. Ao ouvir aquela melodia, o menino Dino evocou as suas noites quando sua mãe o acalentava, a balançar na rede de malha onde os velhos punhos rangiam ao compasso das escapas cravadas nos cantos das paredes da pobre casa.
Em meio daquelas horas, a moça abriu a porta da casa em que morava, já sem mais cantar, e veio até o portão de ferro da morada. O muro da frente da casa tinha um gradeado para um lado e para o outro do portão de ferro. A habitação era separada da frente onde estava o portão de ferro, como ainda hoje se faz entre casas nobres dos aristocratas da cidade onde eles moram. Em passos ligeiros, Francisca abriu o portão e se pos a olhar de um lado para outro procurando ver alguma pessoa que ela talvez o conhecesse. Ao que parecia, tal pessoa não vinha ou já passara. Então a bela jovem olhou na direção de onde estava Dino. O menino dos seus dez anos estava a brincar com a sua baladeira, atirando carrapateiras nas lagartixas que apareciam no muro do lado de onde ele estava. Sentado como ele estava, continuou a fazer alvo nos tolos animais pequenos e gordos que continuavam a aparecer no enorme muro que fazia parte do cercado do terreno em que o garoto sempre estava nas tardes de sol. Ele aproveitava a sombra feita pelos cajueiros, mangueiras e pitombeiras para se divertir com os lagartos.
Não demorou tanto para Francisca o chamar, com certeza, para fazer mandados:
--- Dino! Vem cá! – ela chamou o menino de forma branda com um leve grito.
Dino seguiu atendendo o chamado da linda jovem. Ele a tinha em uma forma de deusa pelos encantos que brotava. Por tais motivos, ele não respondeu. Apenas seguiu em direção a encantadora mulher, bem jovem ainda. De cor de pele branca, com suas mãos macias, braços firmes, tamanho que Dino não sabia ao certo, porém que era alta, nem magra, nem gorda. Ao chegar ate onde Francisca estava essa lhe perguntou:
--- Viu o homem do pão? – falou a jovem.
--- Não. – o menino respondeu de forma calma.
A moça olhou firme o garoto e lhe perguntou afinal.
--- Tu vai comprar pão pra gente? – perguntou a jovem empregada.
E o menino respondeu simplesmente:
--- Vou. Onde é que eu compro? – indagou Dino desconfiado em olhar a moça.
--- Na bodega, trouxa. Compre quatro pães. Depressa. – falou a moça.
Ela tirou do bolso da saia uma nota e deu ao menino que a recebeu e guardou na mão.
--- Depressa. Tô te esperando. – voltou a dizer Francisca com voz alegre e sorridente.
O garoto saiu na carreira que nem bala pegava. Do seu canto, Francisca achou graça. Na casa onde a moça trabalhava tinham duas pessoas: o marido e sua mulher. Porém, de manhã e a tarde, ambos saiam para o trabalho. A mulher um tanto gorda trabalhava em uma repartição pública do Estado. O marido, um tanto velho, trabalhava em um Hospital mantido pelo Governo Federal. Enfim, os dois trabalhavam de segunda a sexta. No sábado, Francisca limpava a casa. E no domingo, trabalhava até o meio dia. Porém como empregada domestica, sempre estava ali para fazer o café da noite no domingo. Afinal, Francisca trabalhava de segunda a domingo para todos os efeitos.
Dino voltou na mesma carreira que fora. Ele entregou os pães e o troco a Francisca que no meio da conversa só fez chamar.
--- Entre pra cá. – chamou Francisca.
O garoto acompanhou Francisca, entrando pela casa cujos móveis eram luxuosos, coisas que ele nunca vira em sua vida de garoto mais ou menos pobre. Tudo enfim era requinte. Da sala de visitas até a cozinha. O garoto caminhou temendo tropeçar em algum móvel, olhando de cabo a rabo tudo por onde passava. O quarto de casal estava trancado e Dino não sabia por que. E ele nem perguntou o que havia lá dentro. Ele imaginou e foi só.
De cabeça baixa, chutando lata por assim dizer, Dino acompanhou Francisca até a cozinha da casa. Em sua moradia, que ficava ao lado, separado por um vasto quintal, Dino sabia o que estava acontecendo por lá. Em sua casa, a sua mãe estava cuidando da sopa para o jantar da noite. O seu pai ainda moço, homem dos seus quarenta anos estava trabalhado em uma repartição do Estado. Se por acaso sua mãe lhe chamasse, Francisca diria que ele estava naquela casa.
--- Ele está aqui, comendo pão. – diria Francisca.
Porém Francisca não disse isso. Ela, apenas fez o café, colocou nas duas xícaras, e comeu e bebeu em companhia de Dino.
--- Bom não é? – perguntou a moça se enchendo de graça.
O menino apenas sorriu. Logo depois do lanche do meio da tarde, ela chamou o garoto para ir até o seu quarto que ficava separado da casa. Era um quarto mesmo. De móveis quase nada. Apenas uma cômoda e um armário que estava fechado. Tal armário era de duas portas. Além desses móveis, havia uma cama de solteiro feita para dormir onde Francisca repousava nas horas vagas. Dino aproveitou a cama e se deitou. Francisca olhou para o garoto e sorriu.
--- Tais com sono? Dorme. – disse a moça.
O menino calou e ficou a olhar os movimentos da mulher em meio de tudo o que havia do quarto. Em determinado momento, Francisca teve que subir para alcançar a parte alta do armário e olhou para o garoto assim que subiu. Sorrio. Naquele instante a sua saia levantou mostrando as calcinhas da moça. O menino olhou sem dizer nada.
--- Que foi? – perguntou Francisca de modo faceiro e astuto.
--- Nada! – respondeu o garoto.
--- Minha calcinha? Foi? Quer ver mais? – indagou Francisca, sorridente.
--- Não. – respondeu Dino.
--- Você esta todo armado. Estou vendo daqui. – sorriu a moça.O garoto se encolheu todo. Não demorou nem tanto tempo e Francisca veio até onde estava Dino e começou a roçar o seu pequeno pênis na sua quente e firme mão, para depois puxar do garoto todo o seu sexo pela beira da calça e então começou a sugar aquilo que ele nunca fizera. Em êxtase e ansiando, o garoto então corou de toda a sua tenra face. A moça puxou o calção do rapazinho e fez amor como jamais tinha feito

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