terça-feira, 14 de outubro de 2008

RIBEIRA - 153

FOGO!
Certa vez, saía eu da Agência Pernambucana, da Ribeira, Natal (Rn), lendo uma revista em quadrinhos cheia de emoções, quando me deparei com algo novo para mim: "Fogo de Santelmo". Isso me ficou gravado em minha memória, talvez pela história em sí, talvez pelo nome de Santelmo. O fogo-de-santelmo, ou fogo de São Telmo, consiste numa descarga eletroluminiscente provocada pela ionização do ar num forte campo elétrico causada pelas descargas elétricas. Mesmo sendo chamado de fogo, é na realidade um tipo de plasma, um gás ionizado, provocado por uma enorme diferença de potencial atmosférica. O fogo-de-santelmo origina seu nome de São Telmo, o santo padroeiro dos marinheiros, que haviam observado o fenômeno desde a antiguidade, e acreditavam que a sua aparição era um sinal propício. O fogo-de-santelmo se observa com frequência nos mastros dos navios durante as tormentas elétricas no mar.
Na verdade, fogo é uma mistura de gases a altas temperaturas. Geralmente, um composto quimico orgânico como o papel, a madeira, os plásticos, a gasolina e outros, suceptíveis a oxidação, em contato com uma substância necessitam de uma energia de ativação. O fogo tem fascinado a humanidade durante milhares de anos. Foi a maior conquista do homem pré-histórico. A partir dessa conquista o homem aprendeu a utilizar a força do fogo em seu proveito, extraindo a energia dos materiais da natureza ou moldando a natureza em seu beneficio.
Porém há o fogo que destroi. O homem sempre está preparado para o combate aos incendios, grandes, medios ou até mesmo pequenos. No entanto, tem locais de dificil acesso onde o homem não chega lá. E tem também o fogo que jorra do centro da Terra, até mesmo no mar, onde tudo o que se pode fazer é impedir ou evacuar pessoas, enquanto é tempo. Esse fogo é do chamado vulcão. Por outro lado, tem o fogo que jorra de um poço e surge como uma gigantesca arma que explode em meio a centenas de pessoas. Tem fogo que irrompe nas matas, destruindo tudo o que encontra por sua frente. E tem fogo ameno, que nem se vê. Mas ele existe. O fogo das carvoeiras. De sua existencia só se observa a fumaça constante e leve. E tem fogo de caldeiras, fornos imensos, feitas pelo próprio homem. Esse é um fogo voraz. Ele derrete todos os elementos que são jogados no seu caminho. Com certeza, alguém já viu um outro tipo de fogo. O da colisão entre veículos. Os onibus também pegam fogo, ou alguma questão natural no seu motor ou por causa de pessoas que ateiam fogo nos veículos. Fogo, é FOGO, para se bem dizer. Ele existe até entre os casais de namorados, nos animais e mesmo numa questão de ira.Quem já não ouviu falar em brasa dormida? Alí tem fogo. Até mesmo nas modinhas quando o cantor diz: "Veja só que galharia seca está pegando fogo neste carnaval.".

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