quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

LUZ DO SOL - 16

- ALVA -
CONTO
Passava das 6 horas da manhã e Alva tinha um compromisso às 8 horas em ponto. Ninguém, ou pelo menos, apenas sabiam do tal compromisso o pessoal do movimento. Eram uns 5 ou 6, com ela, respectivamente. Para uma manhã bem cedo, Alva se ajeitou completamente, pondo voltas de ouro, óculos de aparentes graus, armação de ouro, brincos também de ouro, apenas sem maiores detalhes, vestido marrom, pois dava mais desenvoltura na sua elegante forma. Com os seus olhos verdes, cabelos curtos, boca de carmin, ela era uma mulher fatal e ninguem notaria o que estava a fazer. Consultou o relógio e viu que não dera as 7 horas. Tinha tempo de sobra mas o compromisso não poderia atrazar, uma vez que os outros companheiros estavas largados em seus postos. Um suor frio lhe arrebatava o corpo, pois Alva tinha medo que tudo falhasse. O negócio havia sido ensaiado por diversas vezes com alguém que se mostrava o passageiro. Tudo tinha sido perfeito. Dessa vez, nada podia falhar. O carro do Diplomata sairia às 8 horas da manhã, em ponto e gastaria 20 minutos para sair da mansão do Diplomata até o escritorio do homem. Tudo isso foi cronometrado com decisiva precisão. Ela olhou a sua bolsa de mão, pois era tudo o que precisaria levar. Dentro da polchete, um revólver cano curto, pequeno, por sinal. Isso era tudo o que levava. Conferiu a trava da arma e logo em seguida colocou na polchete. Quando já eram 7,30 horas, ela abriu o apartamento onde estava, saiu e trancou conforme o combinado para a intempestiva ação. Nos blocos vizinhos, tudo estava calmo, sem movimento algum. De repente, um barulho: eram as crianças de um apartamento superior que desciam as escadas a correr com sua doméstica a seguir, dizendo:
--- Espera! Espera!. - voz da doméstica.
E a algazarra continuou escada abaixo, com as crianças morrendo de rir. Ao passar por Alva, os meninos olharam e acharam graça. A espavorida domésstica veio logo a seguir, e olhou para Alva, se desculpando do alvoroço das criancinhas. A moça aceitou as desculpas, afinal eram somente crianças. Com o seu relógio de pulso, feito em ouro, ela caminhou para o elevador, onde não havia ninguém naquele instante. Sem mais nem menos, Alva desceu no elevador e ao chegar na entrada do edificio, cumprimentou o rapaz que tomava conta das cartas que haviam chegado no dia anterior, arrumando todas com outras correspondências. Um homem vinha entrando no edificio e a cumprimentou, sem alardes. Quando faltavam 15 minutos para as 8 horas, Alva se aproximou da banca de jornais que era armada proxima ao prédio e passou a olhar, disfarçada os anúncios dos temas do dia. O temor por que Alva passava lhe inquietou ainda mais. O que havia lido, ela nem prestara atenção. Outras pessoas passavam por ela, alguns procuravam o jornal do dia e outros mais se ocupavam em ler as manchetes. De repente, a moça saiu do local e se aproximou da mansão do Diplomata, quando o seu relógio marcava 5 para as 8 horas. Onibus passavam velozes, carros iam e vinham com a severidade que lhes facultavam o motorista, moças, rapazes, homens, mulheres, todos estavam atravessando o sinal. Alguns, correndo, temendo o semáforo mudar de cor. O tempo demorava a passar. O suor descia pela espinha da jovem, deixando temer algo de errado pudesse a acontecer.
Um jovem rapaz passou a lhe cortejar, e ela não deu ouvidos. Umas mocinhas vinham correndo apressadas para embarcar no ônibus que estava parado há pouca distancia do local onde elas corriam. Temendo qualquer incidente, Alva olhou outra vez o relógio. Faltavam 2 minutos para às 8. Ela caminhou mais para a frente da mansão, fazendo de conta que se ajeitava no meio da calçada com um pouco de gente a passar. Do outro lado da rua, um rapaz se aproximou para o lado oposto. Ela o reconheceu. Estava tudo certo. Não havia como retroceder. Era agora ou nunca. Quando o relógio da Matriz tocou às oito horas, o portão se abriu e o carro começou a sair da mansão. No seu interior, estavam o motorista e, no banco de trás, o Diplomada. A moça puxou a arva e disse:
--- Mãos ao alto.! Vai.! Depressa.! E um assalto.! - disse Alva.
O motorista ficou sem ação. Do outro lado da limousine, o rapaz entrou no carro. E apontando o reolver para o motorista, esperou apenas um segundo para a moça entrar e render o Dipolamata. Tão logo isso se deu, os dois ordenaram que o motorista do Dipolmata largasse do local e pegasse o caminho que fazia sempre. Com uns instantes de corrida, um outro rapaz acenou para os sequestradores e eles fizeram o motorista sair do carro e, abrindo a porta para o terceiro sequestrador entrar, seguiram em frente , tomando rumo desconhecido.

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