quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

LUZ DO SOL - 30

- SELMA -
- CONTO -
Fazem anos que Marcos esteve com Selma, um arcanjo primaveril de sabor encantamento. O seu esguio perfil dava-lhe um puro esplendor de quem era uma mulher quase celta, por que não dizer tal forma assim. Seu olhar era terno como a luz difusa do luar, suas madeixas onduladas com um brilho tênue do claro louro, lhe davam um pecaminoso estontear de uma dama de alcova. Como era bela e enigmátiga aquela esfuziante jovem ninfa. Muito mais atraente que as adolescentes moças dos silenciosos recantos da preversão sensual. Sua boca era por demais meiga e perfeita como as musas dos milenares recantos orientais. As curvas de seus olhares encantavam aos que buscavam a flor púrpura da afetuosa adolescencia. Tudo enfim era ela, a celta que em uma núvem do céu apareceu a vagar no sol de seu amado ser. Quantas vezes ela se mostrou a preferência do seu puro otimismo ao resplandescente e luminoso amado. O acaso do pecar diante de seus encantos não lhe faria sentir o estontear da pura e inesplicável existencia. A ilusão da alcova lhe deixava perplexa em sentir o orgasmo vibrante diante do seu amado amante. Enfim, ela não exitava em desistir de qualquer deleite sexual. O seu amado, era uma experiencia impura para aquecer aquele meigo coração. Com isso, diante da vaga existencia do sentido, Selma procurava se cobrir do mais puro lampejo como todas as nifas, por seu tempo, adornavam. A paixão derradeira da musa púdica pelo arcanjo de alguma forma celestial não seria mais que alguma forma do amor antigo que, um dia, aprendera nos vislumbres do seu verdadeiro e eterno leito. Nada além de uma ilusão passageira acudiu seu coração. Para a jovem mocinha, tudo era inverdade daquele ilusório bem. O segredo e o sagrado com terno coração por fim lhe abriram os horizontes do limiar da fantasia. Na pura imaginação da cruel loucura levou a dozela a acreditar na pura telepatia do sempre eterno amor em se dedicar um só instante à luz da lua e cumprir o desejo mesmo que fosse por uma fulgaz melodia, a melodia do amor. Que os meros e quentes beijos envoltos no cetim do seu eterno passariam de vez quando o sonho acabasse. E, então, Selma, por mais que quisesse não teria forças para seguir em sua incerta vida vazia. Teria o coração feito em pedaços no cansaço da prisioneira existencia. Ainda além, se perguntaria quantos anos se passaram daquele algoz instante. Apenas o crepusculo se apara de vez para Selva lembrando de sua mágica juventude. E então veria que tão fragil como um cristal fora aquele amor. Um cristal de dois corações onde carinhos juvenis, juramento febris se efeitiçavam. E a mancha cruel do efêmero desejo se acabara em vão. Foi assim que Marcos acordou para a verdadeira imagem de um sonho de amor. Talvez, a esperança lhe desse força de esperar bem e muito mais além.

Nenhum comentário: