terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

LUZ DO SOL - 21

- IDA -
- CONTO -
- Seu nome era Ida, filha de um pai de média qualidade financeira. Ela estudava desde criança em um colégio de freiras, um dos mais respeitados de sua cidade. Quando jovem, ao completar seus 15 anos, o seu pai fez uma festa em plena residencia, comemorando o dia de debutante de sua filha mais velha. Além de Ida, os seus pais tinham mais duas filhas, todas mais moças. A festa de 15 anos de Ida foi um marco na história da cidade com os convivas sendo gerentes de Bancos, comerciantes, diretores de autarquias além de ter gente de casa. A festa durou até quase a manhã do dia seguinte. Houve bebidas do mais fino trato como vinhos, uisque, cervejas e guaranás, para as jovens amigas de Ida entre outros convidados e amparo, carnes de gado, leitão, caprinos sem se falar nos tradicionais doces e salgados. A mesa principal era ornada com o mais fino bolo de 15 anos. O tempo passou e veio a festa dos 18 anos. Nesse tempo, houve comeroção, mas Ida preferiu uma viagem a um local que ela sempre sonhara. Então, foram Ida, a sua mãe, uma irmã e uma tia por parte de sua mãe. Na verdade, foi uma verdadeira festa e ela se lembrava do marco dos seus 15 anos, quando trajava um vestido todo branco, mais para simbolizar a pureza e o encanto de uma virgem de sua idade.
Quando terminou a sua viagem de 18 anos, Ida e os seus acompanhantes voltaram para a sua cidade. De posse do seu certificado de conclusão do curso, Ida pensou em ingressar no ensino superior. E assim, fez. Já estando com os seus 19 anos, ela decidiu a estudar línguas, fazendo os cursos de inglês e francês, enquanto estudava na Faculdade. O tempo correu até que um dia apareceu em sua casa um jovem rapaz de nome Amadeus, procurando por Ida, pois tinha um convite que uma diretora lhe fizera para lecionar em um colégio de 1º Grau. Para a moça, foi um contentamento. Ela ingressou no Grupo Escolar, lecionando a petizada e tendo aulas na Faculdade além de ter ensino dos cursos de língua estrangeira. Entre um curso e outro, eis que apareceu em seu caminho o jovem Amadeus, que Ida já conhecera de datas passadas. Com o decorrer do tempo, a moça namorou o jovem e, daí para o casamento, foi um passo. Com festas ornamentais, Ida casou com Amadeus, indo morar em um bloco de apartamentos na mesma cidade em que sempre vivera. Dessa data em diante, Ida tinha seu compromisso de ir para a Faculdade, Grupo Escolar, cursos de líguas e, então, voltar para casa. O jovem Amadeus trabalhava no Grupo Escolar onde a esposa lecionava. Por isso, ele a acompanhava até a escola, isso, todos os dias que havia aulas. Passara-se dois anos de casamento. A Faculdade chegara ao fim bem como os cursos de inglês e francês. Nesse tempo, Amadeus reclamava a falta de um herdeiro. Por isso, Ida procurou um médico especialista para saber o que havia com ela. Nos exames feitos em Ida, tudo normal e em Amadeus também não acusara nada. O tempo passou e, nada de gravidez. Então, Ida resolveu mudar de médico. Novos exames e o diagnóstico foi o mesmo: tudo normal. Com isso, Amadeus não se contentava. E reclava todos os dia de que alguma coisa estava errada, pois, de sua parte, ele já não tinha mais o que saber ou indagar. O tempo correu e veio a bebida. Vez por outra, Amadeus chegava em casa embriagado. Aquilo gerava uma confusão até que um dia Ida resolveu ir morar na casa dos pais por não aguentar mais as beberrices do marido. Sempre que Amadeus bebia, era um tumulto em sua casa, com o homem a culpar a mulher por sua infertilidade. Certa vez, armou-se com uma faca e partiu contra a mulher que revidou com um cabo de vassoura, pondo o marido desacordado. Foi nesse ponto em que Ida procurou sair de casa e ir morar com os seus pais.
A semana se passava e a mulher resolveu pedir demissão da escola onde o marido também trabalhava, pois assim, não teria a oportunidade de cruzar com Amadeus nos corredores do estabelecimento de ensino. Fez isso e voltou para a casa dos pais. Foi nesse dia, à noite, que Amadeus apareceu onde a mulher estava morando, suplicando para que ela voltasse para o lar. Porém, não houve acordo e Ida estava decidida a não voltar, mesmo com ele prometendo nunca mais beber. Depois de uma longa conversa, Amadeus resolveu ir de encontro a sua esposa, tentando agarrá-la para fazer voltar, armado com um punhal. Nesse ponto, a moça se esquivou e, mesmo agarada pelo braço por parte do marido e a sua mãe interferindo contra os dois, Ida agarrou a mão que o merido estava com o punhal, tomou a arma e desferiu um golpe de morte em Amadeus, vendo em seguida o marido cair no chão atapetado de um carpete de veludo. Foi um caso complexo aquele. O marido morreu quase na mesma hora, pois o golpe foi em cima do coração. Chamou-se a polícia e um carro de defuntos para então levar o corpo dalí. Os agentes levaram a mulher para a delegacia onde ela poderia dar maiores detalhes sobre o ocorrido. Um anos depois, veio a sentença. Ida era culpada pela morte de Amadeus.


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