sábado, 13 de fevereiro de 2010

LUZ DO SOL - 26

- CARLA -
- CONTO -
Aquele era o Dia dos Namorados, o Dia de São Valentim. Naquela data eram oferecidos jantares dos mais requintados e luxuosos recantos da cidade onde os rapazes aproveitavam para pedir, com impetuosidade e romantismo, a mão da jovem em casamento. Aquele era o supremo dos dias das jovens que se sentiram atraídas por um outro jovem cavalheiro. Tocava-se músicas romanticas ao som de pianos e violinos, uma atração sem par para suavizar ainda mais aqueles momentos de sempre eterna felicidade. Nos restaurantes não havia vaga se o namorado não requisitasse bem antes um local de doce encanto para estar apenas ele e a sua bem amada. Luz de vela era o requinte ideal para se celebrar o clássico amor. Romance era a palavra suprema de que a jovem requintada gostaria de ouvir do seu eterno noivo. Na cidade, filmes classicos de amor não faltavam. Enfim, tudo era pleno de rosas, joias e adornos sensuais. Foi assim com a delicada e meiga Carla, quando foi pedida em casamento por seu apaixonado namorado que lhe fez presente uma Maçã do Amor, além de um cordão de ouro e uma aliança com um mimo especial de terna doçura pleno de suavidade e brandura. Para Carla, aquele era um outro universo do qual somente as divas do encanto poderiam ter o bem aventurado acesso. Com a promessa de amor eterno, o seu amado lhe entregou flores com um beijo suave e delicado com essencias e perfumes. As rosas vermelhas simbolizavam o doce encanto de ternura e enlevo com a singela oferenda de que no futuro flores ainda lhe daria. Era tudo um carinhoso sonho de amor e de encanto para uma quase menina jovem. Ao pedir sua mão, ele suavemente lhe deu o encanto de dizer da alegria sentida naquele momento de desejos incontidos. Então, os dois voltearam no salão feito para o baile enquanto o piano tocava suave encantos mil dos eternos namorados. Os negros cabelos de Carla esvoaçavam ao eterno amor entre delicadas rosas, presentes do seu amado. O noivo, aproveitando aquele gesto de amor, segurando Carla com maestria e delicadeza, beijava-lhe os lindos cabelos mercando a impetuosidade que a ele assumia, sem falar nem mesmo ao toque de uma melodia eterna. Por seu lado, Carla trazia lágrimas no olhar de tanta felicidade que sentia. Para a jovem moça não havia plena ilusão de se consumar. Era só romance eterno. Para si, a imágem em nada mudara. Com seu amplo vestido rodeado de enfeites. Carla olhava terna para o noivo e ao seus braços, rodopiou em torno do salão, fazendo com que a jovem suspirasse de ventura. Naquele momento, Carla sorria e chorava de tanta felicidade. Sentia-se feliz a olhar o seu noivo que somente a podia transportar para os mágicos instantes de suave alegria. A festa transcorria sem parar quando todos os casais, com puro amor, dançavam à luz tenue e difusa do salão de baile. Para a jovem, o que almejava era que tanta felicidade jamais pudesse ter fim. Ao som da melodia, ela era estrela a brilhar sabendo que o seu amor crescia cada vez mais. E quando velhinhos, ela teria aquele momento para lembrar, pois tal veneração não acabaria jamais, mesmo estando nos momentos de dor, pois a vida seria bem pequena para tanto amor.

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