sábado, 13 de fevereiro de 2010

LUZ DO SOL - 25

- CASSANDRA -
- CONTO -
Eram 8 horas da manhã quando Cassandra caminhava pela rua principal da sua cidade onde havia edifícios elevados em meio a casas térreas, todas de muito bom gosto. Alí moravam uns poucos remanecentes de antigos senhores de terra e, nos edificios, abrigavam-se escritórios, Bancos, departamentos de comércio entre outras representações de setor exterior. Na verdade, aquele era o fim de um frutuoso progresso de antigamente para dar lugar aos mais luxuosos conglomerados do país. Ao caminhar, despretenciosamente, Cassandra ouviu um baque surdo e impressionante aos seus pés. Com a jovem, temerosa por não ter sido atingida pelo enorme saco vindo do alto de um edificio, gritou de uma forma baixa, olhos fechados pelo que passara junto e, em seguida, com o braço direito na testa e a mão esquerda na boca, fez:
--- Uuuiii! - voz de Cassandra.
Em seguida, a moça abriu os olhos e, temerosa e amedrontada, olhou para o saco enorme que se decompunha em sangue, molhando todo o calçamento ao seu redor, e desmaiou. As pessoas que passavam ao lado e mais distante, acorreram para ver o que acontecera. Um homem caido de certa altura do edificio, vindo morrer no chão. De repente se formou a multidão em torno do homem. Do edificio, vieram pessoa para saber o que havia ocorrido. Um rapaz, acudiu Cassandra que estava desmaiada junto ao corpo. Tudo isso se passou em questão de segundos. Alguns sairam dizendo:
--- Ave Maria. Nem quero ver! - vozes.
--- Que foi isso, meu Deus? - vozes.
--- Nossa Senhora!!! - vozes.
O corpo do homem estava estendido no chão ensopado de sangue que escorria para todos os lados. Por seu turno, Cassandra era socorrida por um rapaz que a arrastou até a calçada do edificio onde outros homens também acudiram a moça que continuava desmaiada. Um homem foi quem disse:
--- Leva para o hospital. Leva! - voz de um homem.
--- Foi ela? Foi ela? Foi ela? - perguntou um outro em desespero.
O jovem que a socorreu estava alí, agasalhando a moça, fazendo todo o mecanismo para que Cassandra recuperasse os sentidos e nada conseguia naquele primeiro minuto. O negocio era levá-la a um hospital, pois lá teria melhores condições de socorrê-la. Um rapaz que viu tudo, sabia que a jovem escapara de um acidente grave quando o homem caiu a seus pés, por pouco sem atingí-la. A jovem viu o homem morto e desmaiou. Foi assim.
Enquanto uma porção de gente queria socorrer o homem caído, um outro, vindo do interior do edificio, com um pano nas mãos, disse:
--- Ninguém mexe. Chame a polícia! - dizia o segurança.
Por seu lado, um outro homem encostou o carro próximo ao edificio e correu para socorrer a jovem. Com o rapaz e a ajuda de mais dois outros, levou Cassandra até o interior do veículo, pôs no banco de trás, na companhia do rapaz e de outro homem que tão depressa pegou uma carona no assento da frente, e o homem rumou para o hospital.
No caminho, o homem do carro perguntou:
--- Quem viu o estrondo? - - perguntou o homem.
--- Eu vi quando a moça passou e, de repente, aquilo caiu la de cima, bem a seus pés. Ela desmaio naquela hora! - disse o rapaz.
--- Você diz no hospital. Certo? - falou o homem do carro.
Foi um instante desesperador. O carro corria a todo custo, cortando sinais, buzinando insistente, em velocidade estonteante até chegar ao hospital mais próximo. A moça acordou por um instante e perguntou.
--- O que é isso? - perguntou Cassandra.
--- Calma! Estamos chegando. - disse o jovem.
E a moça voltou a desmaiar.
--- Pronto! Desmaiou de novo! - disse o rapaz.
--- Estamos chegando. Espere. - falou o homem do carro.
Com o carro na parte alta da calçada, o homem chamou os maqueiros que até pareciam, já estavam de sobreaviso. Os maqueiros pegaram a jovem pelos braços e pelo troco enquanto o rapaz ajudou levando-lhe apenas por suas pernas. Três maqueiros de imediato rumaram para o interior do hospital enquanto a atendente perguntava aos presentes.
--- Quem é o responsavel? - perguntou a atendente.
--- Não tem ninguém! - respondeu o homem do carro, esbaforido.
--- Eu assumo. - disse o rapaz que socorreu.
--- Carteira! - pediu a moça um tanto aborrecida.
--- Só tenho a minha. Serve? - respondeu o rapaz do socorro
--- Deixe eu ver. Onde ela mora? - perguntou a antipática jovem.
--- Não tenho idéia. Ela ia passando quando um homem caiu de um prédio, aos seus pés. Aí, ela desmaio. É o que eu posso dizer. - disse o jovem.
A moça antipática olhou cismada para o rapaz enquanto o homem do carro disse a mesma coisa.
--- Foi, senhora. Ela desmaiou. Nós estamos prestando socorro. Não vi documento algum com ela. - respondeu ohomem do automóvel.
--- Vou anotar aqui. Vocês podem esperar ali, nas cadeiras. - disse a moça antipatica.
Nesse mesmo instante apareceu um médico para saber de melhores informações. A moça disse o que os que prestaram socorro lhe disseram também. E o medico perguntou qual era dos quatro. Ela apontou para o rapaz. Então, o médico se aproximou dele e voltou a perguntar.
--- O senhor é parente? - perguntou o médico.
--- Não senhor. Nós só prestamos socorro. É tudo que eu sei. - respondeu o rapaz.
--- Ela vai ficar em observação. Se aparecer algum parente, por favor, diga-lhe o que houve. - respondeu o médico de forma delicada.
O tempo passou. Três meses que a moça sofrera o impacto com queda do homem do edificio. Com um pouco de tempo, a jovem retornou os sentidos. Mas não se lembrava mais quem era. No início daquela manhã do dia do trauma, um homem que se dizia ser o pai, apareceu no hospital. Ele procurou saber quem socorrera a filha e ficou sabendo que tinha sido o jovem. Com o passar das horas daquele dia, Cassandra recebeu alta. Foi o seu pai quem a recebeu. Ela não o reconhecia e nem sabia o que estava fazendo em um hospital. O médicou recomendo procurar um psiquiatra. Eles - o pai e Cassandra - voltaram para a própria casa. Os três meses passado, não trouxeram de volta as lembranças do que a moça vira naquele dia. Nem as fotos da familia ela reconhecera. Sómento havia algo que não esquecera: o saco caído no chão. Com os tres meses que passaram, o psiquiatra procurou retornar aos seus momentos de juventude e ela aprendeu a viver como se estivesse nascendo naquele momento. Com relação aos seus pais e irmãos, ela adotou como se tivesse procurando ter alguém. O rapaz que a socorreu naquele dia, ela não mais se lembrava quem foi. De início, não sabia de nada. Passados três meses, ela já não se lembrava que um dia passara naquela calçada onde o homem despencou para a morte. Cassandra levou uma vida discreta como se tudo era novo para si. Um dia, um carro desgovernado abalrroou com um poste no momento em que Cassandra ía passando. Foi um susto terrivel que a moça teve, chegando a desmaiar. Socorrida, ela recobrou os sentidos. E tudo foi como um sonho. Então, de repente, ela recobrou a momeria e perguntou, então em razao do seu passado esquecido:
--- O homem? O homem? - perguntava Cassandra.
--- Em coma! - disse-lhe alguem.
Ninguém respondera que aquele homem não era o mesmo que se espatifou na calçada do edificio. Então, Cassandra chorou de dor e comoção. Ela voltou ao seu estado de antes de acidente. Agora, Cassandra se lembrava de tudo o que passara. O homem do carro, esse tinha sido levado para o hospital.

Nenhum comentário: