domingo, 21 de fevereiro de 2010

LUZ DO SOL - 34

- CONDESSA -
- CONTO -
Elizabethe de Astúrias surgiu no Brasil pelos anos de 1950, quando o país se desenvolvia graças ao governo de Getúlio Vargas, com a descoberta de petróleo que fez da nação um apogeu de encantos. A Condessa Elizabethe foi recebida com amplas pompas por parte dos moradores da Espanha que chegaram ao Brasil muito antes da II Guerra Mundial. Desse modo, Espanha e Brasil guardavam celeiros de amizades onde todos os espanhois eram tratados com estima e lealdade. E dentre todos estava a Condessa de Astúrias, nome que herdou de sua família que habitava o Estado de Andaluzia bem antes da guerra dos mouros. A Condessa tinha o dom de uma mulher atraente por sua cor do corpo e do cabelo, quase sempre curto, de sua altura jovial, rosto belo e infinitamente triangular, olhos de um tom esverdeado e quase azul, boca pequena e sempre com batons, sobrancelas arqueadas, seios amplos e pele do seu corpo bem tratada que lhe dava o tom de uma mulher eterna e fatal.
Ao chegar ao Brasil, com seus 25 anos, a Condessa Elizabethe logo se comportou como alguém que nascera no seu novo país. Conversas longas com os seus parceiros, alguns descendentes de Príncipes e Princesas, outros de Duques, Condes e Barões, todos esses com títulos de nobreza que pertenciam com relação ao monarca de seu país, a Espanha. Embora, Elizabethe tenha adotado Astúrias, ela não era propriamente uma descendente de tal lugar. Pelo menos assim pensava, pois seu pai era também espanhol e outros entes passados eram da França, Reino Unido e Portugal entre muitos ascendentes. Já estando no Brasil, Elizabethe quis conhecer toda a historia do pais conforme o tratado de Tordesilhas até o instante de sua chegada.
Sabia-se que os espanhois migraram para o novo continente desde a sua descoberta. Porém, foi apenas no século XIX que houve a maior chegada de espanhois para as terras brasileiras onde a principal atividade dos imigrantes era o plantio do café. Disso, a Condessa já sabia. Mas, havia a cultura entre os dois paises, a miscigenação dos povos que mais atraía àquela alta nobreza. E foi por esse caminho que a Condessa seguiu. Nas conversas com os seus amigos, ela procurou saber mais sobre a nação brasileira e como eram aceitos os que vinham de fora. A Condessa percorreu vasta parte do Brasil, como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande e estados do centro e do norte. Na sua idade, a Condessa não casara ainda. Foi em uma viagem de cruzeiro para o norte do pais que ela ficou encantada por um nativo da região. Era nativo porque nascera no Brasil e, não por ser silvicola. O seu nome era Adriano, descendente de genovês, província da Italia. Ele tivera como parentes próximos os Papas ou prelados da Igreja Romana. Foi uma conversa amena a bordo de um navio Ita, de passageiros. Aliás, todos os Ita eram navios de passageiros ficando o Lloyd como os navios cargueiros. Com tais conversas sempre à noite entre os dois viajantes, foi um pulo para o namoro e, por conseguinte, o noivado. Com um espaço de um ano, ambos se casaram na Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, no Rio de Janeiro, sede Episcopal da Diocese. A cerimônia foi um verdadeiro esplendor com as mais ilustres e tradicionais personalidades da Espanha e do Brasil, além da Itália e de outros países que foram convidados. O anel de casamento da Condessa Elizabethe de Astúrias lhe foi presenteado pelo noivo Adriano, empresário da marinha mercante brasileira. Era um anel feito em ouro com diamante e rubí. Da união, nasceram dois filhos. Por seu casamento com o empresario Adriano, a Condessa se tornou bastante popular no Brasil e aqui desenvolveu um trabalho de ação popular. Elizabethe falava fluentemente o português, o que a aproximou ainda mais do povo brasileiro. Durante a sua união casamentar, a Condessa envolveu-se em várias atividades de filantropia, como tratamento para cegos. Tal união durou por por mais de 30 anos de incessante luta quando uma morte súbita levou a Condessa Elizabethe de Astúrias. O marido ainda viveu por mais algum tempo tendo morrido em um naufrágiu de um yate de sua propriedade em costas brasileiras. A Sua Alteza Real ainda hoje é lembrada por tudo o que fez no país.

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