domingo, 9 de agosto de 2009

RIBEIRA - 360

- "A VIDA SECRETA DAS ABELHAS -
Tendo com um dos produtores o famoso astro Will Smith, o melodrama "A Vida Secreta das Abelhas" adapta um bestseller nos EUA, escrito por Sue Monk Kidd. O filme entra em cartaz em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Dirigido e roteirizado por Gina Prince-Bythewood - uma diretora experiente em televisão - , "A Vida Secreta das Abelhas" procura atrair um público feminino e interessado em histórias sentimentais, contando com um time de atrizes consagradas. A adolescente Dakota Fanning encabeça a lista, interpretando Lily Owens. Menina triste, ela foi marcada por uma tragédia muito cedo, envolvendo a morte da mãe. O pai, T. Ray é bruto com ela e com sua empregada, Rosaleen, a única pessoa a ter um vínculo afetivo real com Lily. A aliança entre as duas se fortalece quando Rosaleen, acompanhada por Lily, vai à cidade disposta a registra-se como eleitora. O ano é 1964 e acaba de ser aprovada a Lei dos Direitos Civis que impõe limites à histórica discriminação contra os negros. Mas, na Carolina do Sul, onde eles moram, os rancheiros brancos não estão dispostos a aceitar as mudanças. Diante dos olhos apavorados de Lily, alguns deles espancam barbaramente Rosaleen que, ferida, ainda vai presa por ter reagido. Diante da omissão do pai, Lily entra escondida no hospital onde sua empregada está amarrada na cama, e as duas escapam. Seu destino é Tiburon, onde a menina quer procurar pistas sobre sua mãe morta. A etiqueta é um pote de mel, igual a uma ilustração que Lily viu entre as coisas de sua mãe, leva a garota a procurar sua fabricante, August Boatwright. Líder de uma família negra e próspera na cidade, ela acolhe Lily e Rosaleen em sua casa, contrariando a irmã June, ativista dos direitos negros e feminista, que desconfia da história contada pela menina branca. A outra irmã, May, muito sensível, apega-se logo às duas recém-chegadas. A estadia na casa de August, enquanto seu pai a procura sem idéia de seu paradeiro, prolonga-se tempo o bastante para que Lily descubra uma vida nova, em que trabalha como apicultora e passa a fazer parte de uma afetuosa comunidade feminina. O subtema do racismo se dilui para dar lugar a uma história sentimental que se resolve quase sempre através de simplificações piegas. O filme registra uma raridade no cinema norte-americano - um princípio de romance interracial, entre a menina Lily e o filho de uma das amigas da casa, Zach. Seu beijinho é o máximo de ousadia a que este filme se permite.
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