domingo, 23 de agosto de 2009

RIBEIRA - 381

- MARILYN MONROE -
Faz algum tempo que eu conheci Marilyn Monroe - (conheci é um modo de falar, expressar) -. Na verdade eu a vi pelos idos de 1955 nas telas do cinema, em Natal, Rn., quando eu era um rapaz ainda de menor idade. Nesse tempo, em Natal, só existia cinema e rádio. E nem todo mundo tinha um rádio em sua casa. Eram poucos os receptores existentes por esses lados do planeta. Mesmo sendo Natal um polo que abrigou os aviões americanos durante a II Guerra Mundial, tornando a cidade mais conhecida do mundo. Pena, porque nem o cinema contou - naquele tempo - a história de Natal na II Guerra. Mesmo assim, Natal se tornou a cidade mais próxima de Dakar, no Senegal, África.
Quando o cinema abria suas telas, os espectadores ficavam a olhar o que se passava no Brasil e no Mundo, como se tudo aquilo fosse uma novidade. Assim, eram os jornais da tela: norte-americanos, franceses e brasileiros. Era um verdadeiro mundo novo para os espectadores que viam toda aquela cena de boca aberta. E eu estava metido no meio daquela gente. Entre as mais belas deusas do cinema estava a meiga e única: Marilyn Monroe. Os rapazes que tinham acesso ao templo das ilusões vibravam ao ver a deusa, enfeitiçando as magnificas salas de espetáculos, com seu jeito simples de uma garota do interior. Uma beradeira, por assim dizer. Marilyn personificou o glamour hollywoodiano com incomparável brilho e energia que encantaram o mundo. Apesar de sua beleza deslumbrante, suas curvas e lábios carnudos, Marilyn era mais do que um símbolo sexual na década de 50. Sua aparente vulnerabilidade e inocência, junto com a sua inata sensualidade, a tornaram querida no mundo inteiro. Ela dominou a Era das grandes estrelas e, sem dúvida, foi a mulher mais famosa do século 20.
Ela nasceu Norma Jeane Mortenson no dia 1º de julho de 1926, em Los Angeles, California, filha de Gladys Baker. Como a identidade de seu pai era desconhecida, ela foi batizada como Norma Jeane Baker. Gladys trabalhava nos estudios da RKO como editora de filme, mas problemas psicológicos a impediram de permanecer no emprego e ela foi eventualmente levada para uma instituição mental. Norma Jeane passou grande parte de sua infância em casas de família e orfanatos até que, em 1937, ela mudou-se para a casa de Grace Mckee Goddard, amiga da família. Infelizmente, em 1942, o marido de Grace foi transferido para a costa leste, e o casal não tinha condições financeiras para levar Norma Jeane, na época com 16 anos. Então, a jovem tinha duas opções: voltar para o orfanato ou se casar. No dia 19 de julho de 1942, ela casou com Jimmy Dougherty de 21 anos, com quem estava namorando há seis meses. Ambos viveram felizes até 1944 quando seu marido foi transferido pela Marinha para o Pacifico Sul. Após essa partida, Norma foi trabalhar numa fábrica de rádios, em Burbank, California. Alguns meses depois o fotógrafo Davis Conover a viu enquanto tirava fotos de mulheres que estavam ajudando durante a guerra, para a revista Yank. Ela era um "sonho" para qualquer fotógrafo. Conover a utilizou para a seção de fotos e começou a lhe enviar propostas de trabalho como modelo. Em dois anos ela tornou-se uma modelo respeitavel e estampou seu rosto em várias capas de revistas. O seu marido, Jimmy, regressou em 1946, o que significou que Norma tinha que fazer outra escolha: dessa vez, o casamento ou a carreira, pois Jimmy não aprovou sua mulher sendo vista por milhares de homens.
Norma Jeane se divorciou de Jimmy em junho de 1946 e assinou o seu primeiro contrato com a 20thª Century Fox em 26 de agosto de 1946. Ela ganhava 125 dolares por semana. Pouco tempo depois tingiu seu cabelo de loiro e mudou seu nome para Marilyn Monroe.(Monroe era o sobrenome de sua avó). O primeiro papel de Marilyn foi uma participação em um filme, em 1947. Depois de curtas atuações, Marilyn se tornou estrela e rendeu muito no seu filme "Torrentes de Paixão". O seu sucesso nesse filme rendeu os papeis principais em "Os Homens Preferem as Louras", "Como Agarrar um Milionário", "O Rio das Almas Perdidas", "O Mundo da Fantasia", "O Pecado Mora ao Lado", "Nunca fui Santa" e "Quanto Mais Quente Melhor".
Em 1956, ela abriu a sua própria produtora, Marilyn Monroe Productions que produziu "Nunca fui Santa" e "O Príncipe Encantado", com a participação de Sir Laurence Olivier. Reconhecida por seu trabalho "Em Quanto Mais Quente Melhor", em 1959, Marilyn venceu o Globo de Ouro de melhor atriz em uma comédia. Esses dois filmes serviram para Marilyn mostrar o seu talento e versatilidade como atriz. No "Globo de Ouro" de 1962, Marilyn foi nomeada a personalidade femenina favorita de todo cinema mundial, provando mais uma vez que é mundialmente adorada. Lamentavelmente, o pior aconteceu na manhã do dia 5 de agosto de 1962, aos 36 anos Marilyn faleceu enquanto dormia em sua casa em Brentwood, Califórnia. O mundo estava em choque. O brilho e a beleza de Marilyn faziam parecer impossível que ela tivesse deixado a todos. Durante sua carreira, Marilyn atuou em 30 filmes e deixou por terminar "Something's Got to Give". Ela foi mais do que uma estrela de cinema e raínha do glamour. Um verdadeiro furacão durante toda sua vida, a popularidade de Marilyn foi muito além de qualquer ícone.
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