quarta-feira, 10 de setembro de 2008

RIBEIRA - 109

Arquipélago de Fernando de Noronha é um Patrimônio Mundial da UNESCO como Parque Nacional Marinho.

Durante um certo tempo foi ilha de reclusão para detentos correcionais.

FERNANDO DE NORONHA




Naquele ano de 1952 eu estava no escritório de tio Zeca (José Leandro) quando ouvi uma conversa por entre risos dita por Severino Belarmino, um mestre de obras de construção de casas que o meu tio fazia sempre com ele, como feitor. Eu prestei bastante atenção a conversa, pois tudo o que se passava alí, muito de interessava. Eu. Um quase rapaz. Severino ou Mestre Severino contava uma história que se passou.....Ele não disse quem foi...Mas se passou há alguns anos como um rapaz que foi mandado como "preso" para a Ilha Fernando de Noronha. Lá, esse rapaz deveria cumprir sentença por ser um "comunista". No seu tempo, ser "comunista" era coisa lá não muito boa. Então, esse comunista contou o que sofreu e viu outros sofrerem no cárcere. Fugir? Nem pensar. Era muito mar ao redor da ilha que, na verdade, é um arquipélago.



Fernando de Noronha é um arquipélago é um arquipélago pertencente ao Estado de Pernambuco formado por 21 ilhas ou ilhotas. Ele fica bem mais próximo do Estado do Rio Grande do Norte. Porém, desde 1988 passou a pertencer ao Estado de Pernambuco quando perdeu a sigla de território federal.. A ilha principal fica bem mais distante do Recife (Pe) que de Natal (Rn). Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José Truda Palazzo Jr., em 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Patrimônio Nacional. com cerca de 8 km2. para a proteção das espécies endémicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores que lá se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos - o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta.

A ilha teria sido descoberta, provavelmente, por Gaspar de Lemos, em 1500 ou por uma expedição da qual Duarte Leite erroneamente teria atribuído o comando a Fernão de Noronha, em 1501-1502. Porém o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio, que tomou parte na expedição de Gonçalo Coelho. A designação do arquipélago provém, no entanto, do nome do primeiro proprietário da capitania hereditária , após a doação de D. Manuel I em 16 de fevereiro de 1504 a Fernão de Noronha. O arquipélago foi invadido algumas vezes, nomeadamente em 1534 por ingleses, de 1556 até 1612 por franceses, em 1628 e 1635 por holandeses, voltando ao controle de Portugal em 1700, para ser novamente conquistada pelos franceses em 1736 e definitivamente ocupada pelos portugueses em 1737.

Colônia Prisional

Antes de se tornar o paraíso turístico e ecológico dos dias atuais, o arquipélago foi local de detenção de condenados enviados a cumprir pena no presidio ali existente , que funcionou de 1737 a 1942, de 1938 em diante apenas para presos políticos do Estado Novo. A reportagem da revista O Cruzeiro, de 2 de agosto de 1930, descreve presídio como "fantasma infernal para esses proscritos da sociedade", que viviam completamente alheios ao que se passava no resto do mundo, apesar de o Governo proporcionar aos presos "uma vida saudável de trabalho e de conforto".

Embora protegida pela designação de "parque nacional", muito do seu ecossistema terrestre está destruído. A maior parte de vegetação original foi cortada na época em que a ilha funcionava como presidio, para tornar mais difícil que prisioneiros fugissem e se escondessem. Existe também o problema das espécies invasivas, especialmente a linhaça, originalmente introduzida com a intenção de alimentar o gado, sendo que atualmente , a sua disseminação pelo território está fora de controle, ameaçando o que resta da vegetação original. Sem a cobertura das plantas, a ilha não retém água suficiente durante a estação seca, e a vegetação adquire um tom marrom, secando como consequência. Observa-se também a incoerência da permissão de criação de ovelhas na ilha, ao mesmo tempo que se pede aos visitantes que preserve a Mata Atlântica insular, em recuperação. Outra espécie invasiva é o lagarto conhecido como teju, originalmente introduzido para tentar controlar uma infestação de ratos. A ideia não funcionou uma vez que os ratos são noturnos e o tejo diurno. Atualmente o lagarto passou a ser considerado praga em vez dos ratos.






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