sábado, 20 de setembro de 2008

RIBEIRA - 123

CACHIMBO DE BARRO
Mania que a pessoa trás ao longo do tempo.
Cachimbo feito de barro ou não. Mais vale uma cachimbada do que dez cigarros fedorentos. Depois do "armoço", só se for uma cachimbada p´ra gente pegar uma "madorna". OXENTE! Tu não vai dar uma cachimbada, não?. Depois da janta, só se for uma baforada de cachimbo.
Cachimbo, o nome correto vem desde muito tempo. Hoje tem quem fume cachimbo refinado, cheio de fumo mais refinado ainda. E tem quem fume cachimbo feito de madeira, alongado até a ponta onde se acende com uma brasa. Os fidalgos tem os seus acendedores automáticos de cachimbo e costumam sair de casa com o seu cachimbo aceso como se fosse para todos ver.
O cachimbo é um instrumento para fumar composto de fornilho e piteira. Usa-se para fumar principalmente tabaco (fumo. No nordeste brasileiro é fumo de rolo que se compra na feira ou no mercado. Tem o fumo grosso e o outro, um pouco mais fino), que sofre um processo especial para a preparação do fumo para o uso em cachimbo.
- No nordeste, lá pelo interior, não tem nada disso. É fumo de corda, e pronto.
Existem vários formatos de cachimbo. E há também uma infinidade de misturas para serem fumadas. O cachimbo, geralmente e feito de madeira, mas outras matérias primas podem ser usadas para a sua confecção, tais como o carbonato de cálcio. Pode ser usado como peça religiosa, símbolo de status, alternativa ao cigarro ou, simplesmente, um hábito per si.
O cachimbo está voltado para o consumo das ervas, mais comumente o fumo. Tal aparelho é formado por um recipiente e um tubo anexo. No recipiente, o fornilho, o usuário deposita o fumo, seguindo técnicas de enchimento e pelo duto de ar aspira a fumaça para a boca.
Dependendo da substância queimada, ela pode reagir de diferentes formas com o organismo do fumante.. No caso de tabaco para cachimbo, sua composição ácida faz com que a nicotina seja absorvida pela mucosa bucal, sem a necessidade de ser absorvida pelos pulmões, o que comumente chama-se tragar.
O uso do cachimbo teve início nas Américas, no período pré-colombiano. Fazia parte dos rituais sagrados dos povos amerindios significando, para algumas culturas, a união do mundo terrestre (representado pelas folhas) com o celeste (representado pela fumaça). Uma das lendas mais antigas que contam essa relação é a lenda do Búfalo Branco que fala sobre a aparição de um búfalo mitológico, trazendo um cachimbo e dando uma série de instruções sobre como usá-lo para conseguir a comunicação com as divindades e prevenir períodos de seca e de fome.
No Brasil também há vestígios do hábito de fumar desde os tempos pré-históricos, tanto em cultos religiosos quanto por hábito. O consumo de tabaco dos povos sul-americanos, principalmente no Brasil, podia ser feito mascando, lambendo ou aspirando-o, porém o mais comum era o uso de cachimbos de ceramicas (barro), raizes de árvores ou mesmo conchas.
Essa mania que surgiu na pré-descoberta do Brasil, ainda vai ficar por longos anos, pois a indústria do fumo de corda continua viva em todos os locais, até mesmo em supermercados, onde o fumo é vendido em saquinhos plásticos. Antigamente, e hoje ainda, a pessoa ia a feira e pedia uma "nesga" de fumo, o que o dono da banca cortava um pedaço pequeno do fumo dava ao homem, esse colocava na boca, mastigava, mastigava e cuspia aquela gosma grossa que era do fumo. Ou, então, socava no seu cachimbo, empurava com o dedo polegar, acendia e seguia mundo à fora. E segue, ainda. Ora 'stá.


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