segunda-feira, 1 de setembro de 2008

RIBEIRA - 97

A MULHER E O FRIO

Os meses de julho e agosto foram de intenso frio em Natal (Rn), cidade onde a temperatura chega aos 35º graus. Quando baixa muito, como baixou, o natalense, habituado a tempo quente, não jeito: morre de frio. Para quem vive no sul do pais, isso não é frio, pois em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e mesmo São Paulo, frio de rachar, os habitantes dessa região costumam a passar. Em Natal, quando o termómetro chega a 24º graus, então é hora do agasalho, pois é frio demais. As autoridades responsáveis pela medição da temperatura sentiram que em Natal estava fazendo muito frio. Em uma das previsões, no mês de agosto, um técnico da EMPARN acusou um furacão que estava varrendo as Bermudas, muito longe de Natal. Em outras ocasiões, foi dito que o frio era decorrente de massas tropicais do Oceano Atlantico que se movimentavam para a terra, fato incomum, para esses técnicos. Mesmo assim, as explicações não adiantavam em muito. A questão era que o homem do nordeste estava sentindo frio, coisa que ficava fora do seu hábito. Se, por acaso, a temperatura chegasse a 0º grau, então o que se tinha a fazer era comprar o caixão, pois com essa temperatura o nordestino estava morto. Em cantos, onde a massa polar chega as temperaturas tão baixas, para o natalense, nem pinguim tem tanta sorte. Por isso, essas aves estão migrando para o nordeste onde o frio, para elas, não é tão gelado assim. Hoje, 1º de setembro, a cidade de São Paulo (Sp) registrou 12,6 ºC. de temperatura. E em Monte Verde, na Serra da Mantiqueira, a temperatura chegou a 3ºC durante a madrugada. Para os moradores de tais locais, isso é um frio mais ou menos quente. Porém, para o natalense, tal frio é para matar qualquer um de tanto bater o queixo.

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