domingo, 21 de setembro de 2008

RIBEIRA - 124

GATO PRETO
Sinal de azar
Isso faz parte do sincretismo religioso.
É uma das divindades do sobrenatural.

A primeira definição de Macumba que se encontra em qualquer dicionário é de: antigo instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um som de rapa (rascante). O conceito de macumba está tão arraigado na cultura popular brasileira, que são comuns expressões como "xô macumba" e "chuta que é macumba" para demonstrar desagrado com a má sorte. As superstições nesse sentido são tão grandes, que até mesmo para a Copa do Mundo foram criados sites para espantar azar. Popularmente, a palavra macumba é utilizada para designar genericamente os cultos sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas religiosas e divindades dos povos africanos trazidos ao Brasil como escravos, tais como os bantos, como o candomblé e a umbanda. Os bantos constituem um grupo etnolinguistico localizado principalmente na África subsariana no deserto do Saara.

Entretanto, ainda que macumba seja confundida com o candomblé e a umbanda, os praticantes e seguidores dessas religiões recusam o uso da palavra para designá-las. Outras acepções para o termo macumba são: *Macumba, na acepção popular do vocábulo, é mais ligado ao emprego do ebó, feitiço, "despacho", coisa-feita, mironga, mandinga, muamba. *Palavra usada no sentido pejorativo (forma de violência verbal) para se referir a candomblé, culto dos orixás, de origem totêmica e familiar que, tambem, é uma religião, ou a umbanda. *Diz-se mais comumente macumba que candomblé, no Rio de Janeiro, e mais candomblé do que macumba, na Bahia.

Ainda ao tempo das reportagens de João do Rio, pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvam dos Santos Coelho Barreto, jornalista, cronista, teatrólogo brasileiro falecido em 1921, os cultos de origens africanas no Rio de Janeiro chamavam-se coletivamente, candomblés, culto dos orixás, como na Bahia, reconhecendo-se contudo, duas seções principais: os orixás dos cultos nagôs, nome que se dá ao iorubano ou a todo negro da Costa dos Escravos, que falavam e entendiam o loruba, grupo étnico africano da Nigéria, e os alufás dos cultos muçulmanos (malês) trazidos pelos escravos.. Mais tarde o termo genérico "macumba", foi substituido por Umbanda. Hoje, estão inteiramente perdidas as tradições malês e em geral os cultos africanos estão abertos a todas as influências, se dividem em terreiros (cultos nagôs) e tendas ou centros (cultos nagôs tocados pelo espiritismo). Hoje, mais ainda, a Macumba é encarada com muito respeito e não falta quem se devote aos animais tidos como especiais. Do gato-preto ao elefante. Pessoas ricas que se querem livrar de uma má sorte, fazem encomendas aos deuses da Umbanda na crença de que serão atendidas. Ebó, feitiço, despacho são palavras comuns para os que chegam a um centro de Macumba para pedir ao "santo" que interceda em seu favor. Geralmento os "santos" da Umbanda servem para qualquer favor. O adepto "paga" pelo serviço e o ubandista faz o serviço pedido, em uma encruzilhada onde é posto o despacho. Não raro, a pessoa vem dizer ao macumbeiro que o "serviço" deu certo. São pedidos fáceis, como encontrar um namorado, uma mulher deixar o seu marido e coisas desse tipo. No mar, Yansan, Santa Barbara, todo ano é festejada pelos devotos da Umbanda.


Nenhum comentário: