segunda-feira, 29 de setembro de 2008

RIBEIRA - 136

FENÍCIA
antigo reino cujo centro se situava
na planície costeira, no Mar Mediterrâneo.

A civilização fenícia tinha um plano económico centralizado no comércio marítimo. Entre os séculos X e I a.C., os fenícios criaram entrepostos comerciais ao longo de todo o Mediterrâneo, chegando às costas atlânticas da península Ibérica e norte da África. Seus principais adversários comerciais, e consequentemente bélicos, eram os gregos, que paradoxalmente, são uma de suas primeiras e mais importantes influências, (principalmente os micênios) sociais e políticas. Infelizmente, os fenícios não deixaram literatura ou registos escritos em materiais resistentes ao tempo, e por esse motivo o que se sabe da sua escrita provém apenas de curtas inscrições em pedra. As suas cidades principais foram Sidon, Tiro, Biblos e Beiritus (atual Beirute), na Costa do Levante. Biblos, Sidon e Tiro foram, de forma sucessiva, capitais desse império comercial. No norte da África, existiram Cartago, Útica dentre outras. Na atual Itália, no extremo oeste da ilha da Sicília, havia uma cidadela portuária estratégica, rodeadas de muralhas, chamada Motya. Sarepta, no sul da Fenícia (conta a Bíblia que Deus enviou o profeta Elias a essa cidade, para a casa de uma viúva onde ele se hospedou e fez o milagre da butija e ressuscitou o filho da viúva), região do atual Oriente Médio, é onde se realizam as mais profundas escavações arqueológicas. Os Fenícios chegaram à Espanha e a atual Itália, fundando colônias onde hoje repousam cidades como Cádiz, na Espanha, e Palermo e Cagliari, na Itália. A marinha fenícia era uma das mais poderosas do mundo antigo. Com a frota feita a base de cedro, árvore típica da região, símbolo inclusive registrado na bandeira do Líbano. Suas embarcações, dotadas de arietes de proa, quilha estreita e vela retangular, eram velozes e mais fáceis de manobrar. Com isso, os fenícios mantiveram sua superioridade naval por séculos. Quando a Pérsia (hoje Irã) tomou controle da Fenícia, no século VI a.C., os persas passaram a utilizar a engenharia naval fenícia para tentar controlar o Mediterrâneo, o que não era tão mal visto pelos fenícios, já que os persas lhes davam certa autonomia política e religiosa, e os gregos eram seus inimigos há séculos. Na expedição de Xerxes em 480 a.C.havia três dos mais renomados "almirantes" fenicios em sua frota. Em certa feita, durante o reinado do rei persa Cambises II da Pérsia, os persas contavam com o apoio naval dos fenícios para conquistar o norte da África. . Mas os navios retrocederam após um ataque ao Egito, pois constava nos planos dos persas um ataque à colônia fenícia em Cartago, uma antiga cidade fenícia no norte da África, perto do centro de Túnis, na Tunísia. Após o século V a.C., quando a Fenícia foi ocupada pelos macedônios de Alexandre, o Grande, a Fenicia deixou de existir como uma unidade política, e seu território original deixou de ser governado pelos fenícios. A influência fenícia declinou após as derrotas nas Guerras Púnicas contra o Império Romano, no século II antes de Cristo.


Um comentário:

lobinha disse...

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