terça-feira, 12 de agosto de 2008

RIBEIRA - 62

ESSENIOS - SOCIEDADE SECRETA
Abril de 1947, no vale de Khirbet Qumran, junto as encostas do Mar Morto, Juma Muhamed, pastor beduíno da região, recolhia seu rebanho quando ao seguir atras de uma ovelha desgarrada percebeu que havia uma extensa fenda entre duas rochas. Curioso, atirou uma pedra e ouvio o ruído de um vaso se quebrando. No vaso, encontrou pergaminhos. Este momento caracterizou-se como um marco para o mundo arqueológico: A Descoberta dos Manuscrito do Mar Morto.
Desde então, a tradução e divulgação do seu conteúdo tem atraido a atenção, e uma grande expectativa tem se instaurado quanto a possíveis segredos ainda não revelados. Foram encontradas em onze cavernas, nas ruínas de Qumran, centenas de pergaminhos que datam do terceiro século a.C. até 68 d.C., segundo testes realizados com carbono 14. Os Manuscrito do Mar Morto foram escritos em três idiomas diferentes: Hebreu, Aramaico e Grego, totalizando quase mil obras. Eles incluiam manuais de disciplinas, hinários, comentários biblicos, escrito apocalipticos, cópias do Livro de Isaias e quase todos os Livros do Antigo Testamento.
De acordo com os estudiosos, os Manuscritos estão divididos em três grupos principais: Sectários, Apócrifos e Bíblicos. Os Bíblicos reúnem todos os Livros da Bíblia, exceto Ester, no total de 22 Livros. Os Apócrifos são os livros sagrados excluidos da Bíblia, e, finalmente os Sectários que são pergaminhos relacionados com a seita, incluindo visões apocalípticas e trabalhos litúrgicos.
No livros "As Doutrinas Secretas de Jesus", o autor H. Spencer Lewis cita a referência: "Essa sociedade secreta (de Jesus) pode ou não ter sido afiliada aos essênios, outra sociedade secreta com que Jesus estava bem familiarizado". A descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto confirmou a referencia feita pelo autor aos essênios e seus ensinamentos secretos, que precederam o cristianismo e que Jesus deve ter conhecido bem. Um relatório parcial sobre essa descoberta, do arqueólogo inglês G. Lankester Harding diz o seguinte: "A mais espantosa revelação dos documentos essenios até agora publicada é a de que os essênios possuiam, muitos anos antes de Cristo, práticas e terminologias que sempre foram consideradas exclusivas dos cristãos. Os essênios tinham a prática do batismo, e compartilhavam um repasto litúrgico de pão e vinho presidido por um sacerdote. Acreditavam na redenção e na imortalidade da alma. Seu lider principal era uma figura misteriosa chamada de Instrutor da Retidão, um profeta-sacerdote messianico abençoado com a revelação divina, perseguido e provavelmente martirizado."
"Muitas frases, simbolos e preceitos semelhante aos da literatura essênia são usados no Novo Testamento, particularmente no Evangelho de São João e nas Epistolasde Paulo.O uso do batismo por João Batista levou alguns eruditos a acreditar que ele era essênio ou fortemente influenciado por essa seita. Os Pergaminhos deram também novo ímpeto a teoria de que Jesus pode ter sido um estudante da filosofia essênia. É de se notar que o Novo Testamento nunca mencionou essênios, embora lance frequentes calúnias sobre outras duas seitas importantes, os saduceus e os fariseus.Todos esses documentos foram preservados por quase dois mil anos e são considerados o achado do século, principalmente porque a Bíblia, até então conhecida, data de uma tradução grega, feita pelo menos mil anos depois da de Qumran. Hoje. os Manuscritos do Mar Morto encontram-se no Museu do Livro em Jerusalém. O nome Essênios deriva da palavra egipcia Kashai, que significa "secreto". Na língua grega, o termo utilizado é "therepeutes", origiñário da palavra síria "asaya", que significa médico"
A organização nasceu no Egito nos anos que precederam o Faraó Akhenathon, o grande fundador da primeira religião monoteísta , sendo difundida em dierentes partes do mundo, inclusive em Qumran. Nos escritos dos Rosacruzes, os Essenios são considerados como uma ramificação da "Grande Fraternidade Branca". Segundo estudiosos, foi nesse meio onde passou Jesus, no período que corresponde entre seus 13 e 30 anos. Alguns estudiosos também acreditam que a Igreja Católica procura manter silêncio acerca dos essenios, tentando ocultar que recebeu desta seita muitas influências. Para medir o tempo, os Ensênios utilizavam um calendário diferenciado, baseado no Sol. Ao contrario do utilizado na época, que consistia de 354 dias, seu calendário continha 364 dias que eram divididos em 52 semanas permitindo que cada estação do ano fosse dividida em 13 semanas e mais um dia, unindo cada uma delas. Consideravam o seu calendário sintonizado com a "Lei da Grande Luz do Ceu". Seu rítmo continuo significava ainda que o primeiro dia do ano e de cada estação sempre caía no mesmo dia da semana, quarta-feira, já que de acordo com Genesis foi no quarto dia que a Lua e o Sol foram criados.

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