domingo, 31 de agosto de 2008

RIBEIRA - 95

CATEDRAL DE SANTA TERESA
Em 15 de julho de 1893 teveram início as obras de construção da atual Catedral de Santa Teresa.
As obras prosseguiram com grande rapidez, contando com o auxílio espontâneo do colonos, e o templo já estava coberto em meados de 1896 sendo inaugurado solenemente em 14 de outubro de 1899.
Em 1913 foi concluído o belo altar-mor em estilo neogótico e foi entronizada a estátua de Santa Teresa. Foram também executados os mosaicos do piso e o reboco interno.

Na segunda metade do século XIX, em virtude da guerra de unificação da Itália, aquele pais europeu se encontrava em grave crise social e económica, e os agricultores empobrecidos já não conseguiam garantir a subsistência. Nesta época o governo imperial do Brasil decidiu empreender a colonização de áreas desabitadas do sul do país, e resolveu-se incentivar a vinda de imigrantes da Itália, após o bom sucesso da iniciativa semelhante com o elemento germânico. Em 1875 chegam os primeiros colonos. Eles foram encaminhados a Porto Alegre e, dalí, subiram a serra a pé, em lombo de burros ou em carretas, atravessando a região ainda selvagem, até chegarem ao Campo dos Bugres.

Um ano depois já se encontravam no local cerca de dois mil colonos. Em 11 de abril de 1877 a Provincia passou a ser denominada a ser Colônia de Caxias, em homenagem ao Duque de Caxias.

Em 1887 a Colonia concentrava algumas atividades comerciais, especifico as de secos e molhados e as pequenas fábricas.

CASA DE PEDRA






Viajar por esse Brasil é o mesmo que descobrir o mundo. São costumes diferentes em cada região desse país continente, capaz de oferecer maiores surpresas em cada esquina de rua. Viajar pelo Brasil se encontra mesmo as casas feitas de pedra, como se encontra em outras partes moradias feitas de vara. Os imigrantes europeus no Rio Grande do Sul criaram uma arquitetura popular, aproveitando sempre a madeira e a pedra abundantes. Um exemplar que resistiu ao tempo para testemunhar esta história foi a casa erguida pelo imigrante italiano Giuseppe Lucchese, no final do século XIX, na então denominada 9ª Legua de Caxias (hoje bairros Santa Catarina, São José e Vila Cohab). Em 1974, após servir a outros moradores: famílias Brunetta e Tomazzoni, e ter abrigado atividades comerciais tão diversas quanto armazens, ferrarias abatedouro de suínos, foi desapropriada para tornar-se museu. O Museu Casa de Pedra foi aberto ao público a 14 de fevereiro de 1975, tornando-se desde então, um espaço de referencia para a comunidade e para visitantes.




Popularmente conhecido como Casa de Pedra, edificação que merece cuidados constantes. Uma completa restauração foi realizada em 2001, com apoio da iniciativa privada que garantiu a sua preservação. A denominação que passou a ser utilizada, Museu Ambiência Casa de Pedra, reflecte o conceito aplicado ao bem cultural. À própria edificação - feita com pedras assentadas e rejuntadas com barro, aberturas em pinho falquejado e janelas afixadas em tijolos artesanais -, une-se o mobiliário interno que reconstitui o modo de vida domestico do final do século XIX.No piso inferior, sala, cozinha e forno para assar pão e no superior, quartos. É possivel visitar este espaço e reconhecer as principais caracteristicas da formação cultural de Caxias do Sul, centrada no trabalho familiar, na moradia e terreno como fonte de sobrevivência.




Antes da chegada dos imigrantes italianos a região era habitada por índios Caingangues, e daí vem a sua denominação antiga de Campo dos Bugres, empregada até 1864. Por alí também passavam tropeiros em seus deslocamentos entre o sul do Estado (Rs) e o centro do país, e os jesuítas também tentaram fundar algumas reduções, embora sem sucesso. Vários ciclos económicos marcaram a evolução da Colónia ao longo deste século. O primeiro deles foi o da agricultura de subsistência que se concentrou na produção de uva, vinho, trigo e milho, começando uma industrialização a nível doméstico. Todo o excedente era comercializado. Apesar do crescimento populacional e industrial, o passado da imigração não foi esquecido. Há festividades e passeios tradicionais que apresentam a colonização italiana, o processo da produção do vinho, os parreirais e todos os detalhes de uma história. Na Colónia ainda se fala, além do português um dialeto derivado da língua vêneta, chamados por muitos de talian.











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