quinta-feira, 7 de agosto de 2008

RIBEIRA - 51

SUMÉRIA - Estandarte da Guerra de Ur
Eu vi, certa vez, os livros do meu tio Zeca que ele tinha tirado da Estante para depois guardá-los, enquanto fazia uma limpeza no móvel. Entre tantos livros expostos tinham uns romances célebres, como "Por Quem os Sinos Dobram", de Ernest Hemingwey e um outro, "Náufragos", de Eirich Maria Remarque entre inúmeras outras obras-primas, que nem se contava. Contudo, havia um entre os demais que por certo me interessou em ler. Foi sobre os Sumérios, civilização surgida antes de Cristo que ocupou a região da Mesopotâmia. Naqueles ídos de 1952, para mim, uma descoberta como aquela era deveras importante por seu conteúdo. Dentre os outros livros eu peguei o da civilização suméria para ler com avidez e atenção. Até então o que eu sabia não se comparava aos que os sumérios fizeram na região de Ur. O povo vindo não se sabe da onde, a procura de uma terra onde brotasse agua em abundância. E foi na Mesopotâmia que os sumérios encontraram o que lhes faltava.
Acredita-se que antes dos Sumérios chegarem, a baixa Mesopotâmia foi ocupada pelos Ubaidas, um povo que não pertencia ao grupo semita. O povo conhecido como Sumério, veio provavelmente da Anatólia (Turquia) e chegou a Mesopotâmia por volta de 3.300 a.C. Deveriam ser nomades que vagavam pelos Montes Zagros. A área da Mesopotâmia se tornava um local protegido contra a invasão de outros povos. Os rios Tigre e Eufrates faziam a terra fértil sem depender de chuvas. Os sumérios, da região do Sumer, ocuparam toda a faixa de terra, dividindo em cidades como se fossem Estados. Muitos fatos estranhos me foram revelados no livro dos Sumérios. Casos que entraram em conflito com a Bíblia, pelos estudos, escrita bem mais à frente que os sumérios descreveram como sendo seus príncipes. Um deles, Upnapishtim, é uma versão contada pela Biblia como sendo Noé. Esse homem também construiu uma Arca, encheu-a de animais, atracou numa montanha, soltou sucessivamente três pássaros sobre as águas e finalmente sacrificou um animal em oferenda aos deuses. Em outra parte o herói Gilgamesh entre no reino do sol e lá encontra um vinhedo de cujo vinho obteria, se lhe fosse permitido bebê-lo, a imortalidade que ele procurava. Essas histórias ou lendas, foram ditas como sendo os homens de Deus, pelos judeus. Também na historia dos sumérios tem um fato que uma criança é posta no rio e recolhida por um pescador. Tempos depois, a criança se torna um príncipe. A Biblia narra isso milhares de anos depois, a mesma história, como sendo obra de Moises em seu pentateuco. O pentateuco são os primeiros cinco livros da Biblia. Entre os judeus é chamada de Torá, que significa: ensinamento.
Toda essa história dos sumérios foram contadas pelos judeus , depois que Abraão deixou Ur, cidade onde nasceu, na Mesopotâmia. Abraão era filho de Tera, na décima geração da descendência de Sem, filho de Noé. Deixando de lado a questão da Biblia, voltando ao que li sobre esse povo, não se conhece relação entre o idioma Sumério e qualquer outro. O nome Suméria, é derivado do nome babilônico para o sul da Babilônia. Em seu idioma, os Sumérios se denominavam "cabeças escuras" e chamavam seu Pais de terra civilizada. Na cidade de Nipur, ao sul de Bagdá, foi encontrada uma biblioteca sumeriana inteira. Lá havia mais de 50 mil tábuas com inscrição cuneiformes feitas no terceiro milénio a.C. e uma biblioteca com 20 mil volumes, que incluem obras sobre direito, ciência e religião. O alfabeto Sumério só foi decifrado no século 19 e hoje estão guardados em importantes bibliotecas, como a de Londres.
A agricultura era a base da economia do país: a cevada sua principal cultura. Além dela, havia cultivo de cebola, nabo e tâmaras. Criavam animais, fabricavam queijo e manteiga. A pesca também era importante, tanto nos canais, como no Golfo Pérsico. Nos mercados havia o comércio de cereais, frutas, licores e vinhos, tecidos e outros. O comércio com outros locais era feito sempre em caravanas por causa dos perigos nos caminhos. Navegando pelos rios Tigre e Eufrates, eles comerciavam com a costa mediterrânea e no Golfo Pérsico, principalmente armas, feitas de cobre e bronze. Todo tipo de comércio era muito bem documentado. O livro de tio Zeca trazia muita coisa ainda que não tenho lembrança de tudo e não dá para dizer de uma só vez.

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