quarta-feira, 27 de agosto de 2008

RIBEIRA - 89

INSTITUTO HISTÓRICO

O Instituto Histórico é a mais antiga instituição cultural do Estado. Já foi chamado de Casa da Memória e foi inaugurado no ano de 1902, no dia 29 de março. Sua sede fica entre a antiga Catedral e o Palácio da Cultura, antigo Palácio do Governo, de saudosa memória.. O Instituto esta encravado da Cidade Alta, própriamente dito, na Praça André de Albuquerque, onde os portugueses vieram e fundaram a cidade, no ano de 1599. Ali tudo era mato, com cajueiros, pau-ferro e ocas de índios. Quando os portugueses chegaram aqui, trouxeram um pelourinho que hoje está guardado na sede do Instituto, bem na porta de entrada. O pelourinho é uma pedra de cerca de dois metros de altura e que sofreu delapidação com o tempo. Ao longo de sua altura, vê-se cavada uma leve depressão, com certeza, onde se amarrava os escravos fugidos ou mesmo os presos de justiça. Os escravos eram açoitado em plena praça, que ainda não existia alí. Havia a Cadeia Publica, construída pelas mãos dos escravos, na rua Grande, hoje praça André de Albuquerque fazendo esquina com a rua João da Mata.. Quando os portugueses chegaram a Natal (ainda não tinha esse nome) se defrontaram com franceses que aqui contrabandeavam o chamado pau-brasil, levando as toras para a França. Do pau eles (franceses) tiravam um leite vermelho da cor de brasa. Por isso, o pau era chamado de brasa e daí ficou o nome de Brasil. Depois de luta titânica, os portugueses botaram para fora os franceses que saíram de mar a fora. Ficaram os "índios", pois assim chamavam os portugueses, o povo nativo da terra. Os índios sabiam falar francês, para espanto dos portugueses. Eles moravam alí, na Cidade Alta, que não tinha nome. Desciam para o rio, onde pescavam ou sumiam no meio do mato para caçar. Com os os silvicolas foi outra peleja. Os nativos gostavam muito mais dos franceses, que não batiam em ninguém, do que dos portugueses, que somente queriam fazer deles uns meros "escravos". De um jeito ou de outro, os portugueses ficaram na terra, lutando a ferro (deles) e a fogo (de ambos os lados). Logo na chegada, sob os olhares dos indios, Portugal tomou posse da terra, fincando no meio de um terreno, o pelourinho. Aquele era o símbolo de posse em definitivo. O pelourinho ficou fincado alí por longos anos. Apesar das escaramuças com os indios, o pelourinho ficou onde tempos depois se ergueu a praça André de Albuquerque. No centro da praça se armou um Coreto e foi onde se armou o Coreto que esteve fincado a pedra do castigo para onde se levava os escravos desobedientes e se chicoteavam enquanto eles aguentassem ou morressem. A Catedral da Apresentação ficava alí perto da pedra do infortúnio.Por um tempo, a Igreja, que se fez quando os portugueses chegaram, pegou fogo. Foi no tempo dos holandeses. Com a destruição da Igreja, uma tapera de palha, foi também os documentos de fundação da cidade. O que se tem, foi levantado por declarações dos índio. que logo se acalmaram e dos soldados do Forte. No Instituto Histórico tem uma biblioteca de 25 mil volumes. Lá está a Pia batismal que pertenceu à Matriz de Natal, a estola que pertenceu a Frei Miguelinho e na entrada do prédio um escudo do Brasil Império e outro do Brasil República. Junto a esses documentos históricos acha-se também o pelourinho.


Nenhum comentário: