terça-feira, 19 de agosto de 2008

RIBEIRA - 73

BÍBLIA SAGRADA
A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosa do povo de Israel. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares. Acredita-se que tenha sido escrita ao longo de um período de 1600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais. Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram que muitos textos da Biblia são metafóricos ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo o seu sentido dentro do contexto da atualidade.
Para o cristianismo tradicional, a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto ela é mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para esses cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para principios e normas de moral. Os agnósticos vêem a Bíblia como um livro comum, com importancia histórica e que reflete a cultura do povo que os escreveu. Os não crentes recusam qualquer orígem Divina para a Bíblia e a consideram como de pouca ou de nenhuma importância na vida moderna, ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da civilização ocidental, apesar de a Bíblia ter origem no Médio Oriente.
A comunidade científica tem defendido a Bíblia como um importante documento histórico, narrado na perpectiva de um povo e na sua fé religiosa. Muito de sua narrativa foi de máxima importância para a investigação e descobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são permanentemente cruzados com outros documentos contemporâneos, uma vez que a história religiosa do povo de Israel singra em função da soberania de seu povo que se diz "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa atitude nos seus registros.
Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego, e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, com excepção dos livros chamados deuterocanônicos, e de alguns capitulos do livro de Daniel, que foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos do Antigo Testamento foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.
O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico, como os livros de Samuel e Reis, em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras linguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné que significa grego "comum" ou "vulgar", por oposição ao grego clássico, o segundo idioma mais falado no Império Romano.

Nenhum comentário: