terça-feira, 19 de agosto de 2008

RIBEIRA - 71

GRANDE MURALHA DA CHINA

Naquele dia, eu estava lendo uma revista de porte pequeno, das aventuras de XUXÁ, um personagem que vivia dramas enfrentando os seus inimigos na selva de algum pais da Ásia. Gastão, que passava por mim, achou interessante aquela revistinha, pequena mesmo, e perguntou a mim de onde era tal herói. Eu lhe respondi não saber ao certo, porém era de um país da Ásia. Então, ele falou que devia ser de algum país asiático, com certeza. Foi aí que eu me lembrei de ter visto em sua estante um livro volumoso de um tamanho maior que os outros livros, trazendo a palavra: CHINA. Aquilo não teve o maior significado para mim, naquele momento. Afinal, era um livro, apenas. E de livros não me apetecia, salvo alguns que meu tio trouxera, certa vez e deixou emboloado pelo escritório. Parecia que meu tio não gostava tanto de livros, assim como eu também.

Voltando ao caso, Gastão (nunca lhe perguntei seu nome completo) voltou a conversar comigo, coisa que me deixou até um pouco constrangido, pois o homem não era de falar muito comigo. Não era por indiferença e sim, por seu modo de ser mesmo. Mas, conversa à parte, ele me falou que em sua casa (?) ele tinha um livro que nunca lera por completo. Era um livro sobre a China, pais nos confins de onde nós estávamos naquele instante, pois Natal (Rn) ficava do outro lado do mundo. Quando era de dia, aqui, por lá era noite. Coisa que eu não entendia ao certo. Mesmo assim, não discutia. O certo é que eu não esqueci daquela história, por sinal, interessante.

A história da China está registrada em documentos que datam do século XVI a.C. em diante e que demonstram ser aquele pais uma das civilizações mais antigas do mundo com existência contínua. Os estudiosos entendem que a civilização chinesa surgiu em cidades-Estado, no vale do Rio Amarelo, também conhecido por Huang He, o segundo rio mais longo da China. O nome Rio Amarelo foi dado por causa do luor amarelo que ele dá. O ano 221 a.C. costuma ser referido como o momento em que a China foi unificada na forma de um grande reino ou império. As dinastias sucessivas desenvolveram sistemas de controle burocrático que permitiriam ao Imperador Chinês administrar o vasto território que viria a ser conhecido como a China.

A fundação do que hoje se chama civilização chinesa é marcada pela imposição forçada de um sistema de escrita comum, pela dinastia Qin, no século III a.C., e pelo desenvolvimento de uma ideologia estatal baseada no confucionismo (termo de Confúcio), no século II a.C. Politicamente a China, ao que parece, alternou períodos de unidade e fragmentação, sendo conquistada por vezes por potências externas, algumas das quais terminaram assimiladas pela população chinesa. Influências culturais e políticas de diversas partes da Ásia, levadas por ondas sucessivas de imigrantes fundiram-se para criar a imagem atual da cultura chinesa.

Na pré-história, a China foi habitada, possivelmente há mais de um milhão de anos, pelo Homo Erectus, cujo espécime mais famoso é o Homem de Pequim, descoberto em 1923. Há indícios de atividade agrícola datados de cerca de seis mil anos a.C. e associados à cultura "Peilingang". A agricultura resultou em aumento populacional e na capacidade de estocar e redistribuir colheitas e de manter artesãos e administradores especializados. No final Neolítico, o vale do rio Amarelo começou a tornar-se um centro cultural, com a fundação dos primeiros lugarejos.

O registro mais antigo do passado da China data da dinastia Shang, possivelmente no século XIII a.C. na forma de inscrições divinatórias em ossos ou carapaças de animais. Agora, com a proclamação da República Popular da China em 1 de outubro de 1949. o pais viu-se novamente dividido entre a China continental e a República da China em Taiwan e outras ilhas. Desde os anos de 1990, a República da China (Taiwan) tem procurado obter maior reconhecimento internacional enquanto a China comunista se opõe veementemente a qualquer envolvimento internacional e insiste na política de uma única China.

Tudo isso que eu expus, me veio depois de muito tempo quando eu comecei a estudar melhor a história chinesa. Ainda falta muito por dizer, pois só alinhavei o me era de maior importância. Em termos de datas, a China é muito mais antiga do que aparenta ser. Por vezes eu fico a meditar onde foi que começou mesmo essa história. Nada do que eu estudei, tive a oportunidade de conversar com Gastão, para mim, um homem culto. Provavelmente ele tenha estudado bem mais do que eu imagino. Enfim, a sua biblioteca, pequena, por sinal, denunciava que Gastão era um homem do muito bom conhecimento. Naquele dia, o que me interessava bastante era ler "As Aventuras de Xuxa", pois a minha mente cega só tinha interesse por essas historietas.


Nenhum comentário: